Haddad vê chance de acordo com EUA sobre tarifas e prepara plano para proteger empregos
Ministro da Fazenda afirma que ainda há chance de negociação com os EUA, mas Brasil já estuda medidas para evitar prejuízos a empresas e trabalhadores

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira (29/7) que o governo dos Estados Unidos demonstrou interesse em conversar sobre o tarifaço, medida que pode aumentar em 50% as tarifas de importação sobre produtos brasileiros. A decisão foi anunciada pelo presidente Donald Trump no início de julho e está prevista para começar a valer nesta sexta-feira, dia 1º de agosto.
Segundo Haddad, mesmo com o prazo apertado, ainda existe espaço para negociação. “Há sinais de que algumas autoridades norte-americanas perceberam que talvez tenham exagerado e que estão mais abertas ao diálogo”, afirmou o ministro, após conversar com jornalistas em Brasília.
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Enquanto tenta avançar nas conversas com o governo americano, o Brasil já está se preparando caso as tarifas realmente entrem em vigor. O Ministério da Fazenda trabalha em um plano de proteção para empresas e empregos, especialmente em setores que vendem produtos para os Estados Unidos. Uma das possibilidades é adotar medidas parecidas com as usadas durante a pandemia, quando o governo ajudava a pagar salários em troca da manutenção dos empregos.
“Estamos confiantes de que o Brasil vai conseguir enfrentar esse momento. Não foi uma situação criada por nós, mas o país vai cuidar das suas empresas e trabalhadores”, garantiu Haddad.
De acordo com a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), cerca de 10 mil empresas brasileiras exportam para os Estados Unidos. Juntas, elas empregam aproximadamente 3,2 milhões de pessoas.
Mesmo com a data oficial de início do tarifaço marcada para sexta-feira, Haddad acredita que ela ainda pode ser revista. “Essa não é uma data definitiva. Pode ser alterada, ou as tarifas podem entrar em vigor e depois serem suspensas, se houver avanço nas negociações”, explicou.
O ministro também confirmou que há possibilidade de um diálogo direto entre o presidente Lula e o presidente Donald Trump. Antes disso, no entanto, os governos seguem conversando por meio de representantes oficiais, com o objetivo de preparar o terreno para uma conversa respeitosa e produtiva entre os dois líderes.
“A gente precisa preparar bem esse encontro, para que os dois povos se sintam respeitados e valorizados”, completou Haddad.
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