“O Brasil não vai sair da mesa de negociação”, garante Haddad sobre tarifaço
Segundo o Ministro da Fazenda, o governo prepara alternativas para ajudar os setores afetados pelo possível tarifaço

Nesta segunda-feira (21/7), Fernando Haddad afirmou que o Brasil não vai deixar a mesa de negociação com os Estados Unidos. O Ministro da Fazenda garantiu que o governo brasileiro manterá o diálogo sobre o tarifaço de 50% anunciado por Donald Trump, previsto para entrar em vigor no próximo dia 1º de agosto.
Haddad admitiu a possibilidade de a tarifa entrar em vigor e disse que a área econômica já trabalha em um plano de contingência: “Vamos continuar lutando para ter a melhor relação possível com o maior mercado consumidor do mundo, vamos lutar por isso. Mas não vamos deixar ao desalento os trabalhadores brasileiros, vamos tomar medidas necessárias”, declarou em entrevista à rádio CBN.
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O ministro garantiu que possui um grupo pensando em alternativas para ajudar os setores afetados pelo possível tarifaço — com ameaça de uma sobretaxa de 50% às importações brasileiras. As opções, porém, ainda não foram apresentadas pelo presidente do Brasil.
“Em uma situação como essa, a Fazenda se prepara para todos cenários. Temos plano de contingência para qualquer decisão que venha ser tomada pelo presidente da República [Lula]”, completou o ministro da Fazenda.
O ministro declarou que o plano de contingência não será necessariamente com novos gastos públicos. Ainda segundo ele, mais da metade das exportações atuais aos EUA podem ser direcionadas para outros países, mas “isso leva um tempo”. Já há contratos assinados com empresas norte-americanas.
“Vamos redirecionar boa parte da produção, mas isso leva tempo. E tem coisas que não tem outro destino possível, pois foi uma demanda de lá. Temos consciência de setor a setor, e estamos trabalhando a nível de empresas. Vamos atuar para minimizar ao máximo essa situação que estamos tendo”, avaliou.
Fernando Haddad ainda voltou a dizer que o Brasil não deve retaliar empresas e cidadãos norte-americanos: “Não podemos pagar na mesma moeda uma coisa que consideramos injustas”, pontuou.
O ministro, porém, não negou a possibilidade de o governo acionar a lei da reciprocidade: “Todo país do mundo vai se defender de alguma maneira do que está acontecendo. É uma possibilidade, mas reitero que a orientação do presidente da República é que nós não vamos sair da mesa de negociação porque o Brasil é um país que se dá bem com todos países do mundo”, concluiu.
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