Hugo Motta rebate governo Lula após queda do IOF: “Nós avisamos”
Hugo Motta nega ter traído o Planalto e afirma que o governo foi alertado sobre a rejeição ao IOF
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), publicou nesta segunda-feira (30/6) um vídeo nas redes sociais em que critica a reação do governo federal à derrubada do decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A decisão da Câmara reuniu 383 votos favoráveis à suspensão da medida, incluindo deputados da base e da oposição. Segundo Motta, o Executivo foi alertado previamente sobre a resistência à proposta no Congresso.
“Capitão que vê o barco indo em direção ao iceberg e não avisa não é leal, é cúmplice”, declarou o parlamentar. “E nós avisamos ao governo que essa matéria do IOF teria muita dificuldade de ser aprovada no Parlamento.”
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As declarações foram feitas em um vídeo no formato “reels” publicado no Instagram, com edição dinâmica e narração que rebate críticas ao Congresso. Segundo o presidente da Câmara, é “fake” dizer que o Parlamento não olha para o povo ou que o Planalto foi surpreendido pela votação.
“Primeiro: quem alimenta o nós contra eles acaba governando contra todos”, afirmou Motta, em referência ao discurso polarizado que, segundo ele, tem sido estimulado. O deputado também destacou a diversidade do apoio à derrubada da medida: “Foram 383 votos de deputado de esquerda e de direita. Esse tributo afeta toda a cadeia econômica.”
Ao longo do vídeo, Motta criticou o que chamou de tentativa de criar uma nova divisão no país: “A polarização política no Brasil tem cansado muita gente, e agora querem criar a polarização social.”
Apesar do embate, ele lembrou que outras propostas do governo foram aprovadas na mesma sessão, como o crédito consignado privado e a Medida Provisória do Fundo Social, o que, para ele, demonstra compromisso institucional da Casa Legislativa.
Rebatendo insinuações de traição ao Planalto, Motta reforçou que sua atuação não está atrelada a interesses de partidos: “Presidente de qualquer Poder não pode servir a um partido, ele tem que servir ao seu país”, disse. “Não sirvo a projetos políticos individuais.”
Ao final, ele reiterou: “É fake dizer que o Congresso traiu o governo. O que houve foi uma decisão técnica, com aviso prévio, em defesa da economia do país.”
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