Lula classifica como “arbitrária” decisão dos EUA de revogar vistos de ministros do STF
Presidente critica postura americana, reforça soberania brasileira e declara apoio a magistrados alvo da medida ligada a investigações contra Bolsonaro
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Lula condenou a revogação dos vistos de ministros do STF pelos EUA, chamando a decisão de arbitrária, injustificável e uma violação da soberania brasileira. A medida, anunciada pelo senador Marco Rubio, seria uma resposta às ações do ministro Alexandre de Moraes contra Bolsonaro. Rubio alega perseguição política e censura por parte de Moraes. A situação aumenta a tensão diplomática entre os dois países.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou, neste sábado (19/7) a revogação dos vistos de entrada nos Estados Unidos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciada pelo governo norte-americano na noite da última sexta-feira (18/7).
Para Lula, a decisão é “arbitrária”, “injustificável” e fere princípios internacionais de soberania. O chefe do Executivo também demonstrou solidariedade aos magistrados envolvidos.
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“A ingerência de um país no sistema de Justiça de outro é algo inaceitável e viola os fundamentos do respeito entre nações soberanas”, declarou o presidente. “Tenho convicção de que nenhuma forma de intimidação, venha de onde vier, será capaz de abalar o compromisso das instituições brasileiras com a preservação do Estado Democrático de Direito”.
A revogação dos vistos foi informada pelo senador Marco Rubio, que atua como secretário de Estado no governo de Donald Trump, por meio da plataforma X. A medida é vista como uma resposta às investigações do ministro Alexandre de Moraes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que responde no STF por suposta tentativa de golpe de Estado.
Rubio alegou que a atuação de Moraes representa “uma perseguição política” e citou supostas violações à liberdade de expressão, inclusive de cidadãos americanos. “O presidente Trump deixou claro que irá responsabilizar estrangeiros envolvidos em atos de censura contra liberdades protegidas nos Estados Unidos”, escreveu.
A decisão acirra o clima diplomático entre Brasil e Estados Unidos, especialmente em um momento de alta tensão política envolvendo o judiciário brasileiro e aliados do ex-presidente Bolsonaro.
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