Tarcísio nega plano de golpe e diz que Bolsonaro estava “abatido” após eleições
Durante depoimento ao STF, o governador de São Paulo reforçou a defesa de Jair Bolsonaro

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (30/5) que nunca presenciou qualquer tipo de articulação golpista envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Tarcísio, que chefiou o Ministério da Infraestrutura durante boa parte da gestão Bolsonaro e é um dos nomes cotados para a eleição presidencial de 2026, afirmou ter visto o ex-chefe abatido e preocupado após a derrota nas urnas.
Tarcísio é testemunha de defesa de Bolsonaro no processo que apura a tentativa de impedir a posse de Lula. Segundo o governador paulista, nos encontros com Bolsonaro no fim de 2022, as conversas giravam em torno de temas administrativos, como a montagem do secretariado em São Paulo. “Ele jamais tocou nesse assunto e não mencionou qualquer tipo de ruptura. Encontrei um presidente triste, resignado. Esse assunto nunca veio à pauta”, disse ele segundo o portal g1, que acompanhou o depoimento pelo telão do STF.
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Durante o depoimento, Tarcísio seguiu o tom de defesa de Bolsonaro, elogiando a gestão do ex-presidente e afirmando que ele nunca tentou interferir no processo democrático. A versão também foi sustentada pelo senador Ciro Nogueira (PP/PI), que declarou ter conduzido a transição “dentro da normalidade”.
Em outros depoimentos, testemunhas contradizem essa linha. Mourão, ex-vice-presidente, também disse não ter visto nada de anormal, mas evitou comentar sobre reuniões específicas em que o assunto “golpe” foi discutido. Os encontros entre Bolsonaro e militares após as eleições, além das visitas de Tarcísio ao Palácio da Alvorada, acenderam alertas entre os investigadores, principalmente diante dos acampamentos e dos ataques de 8 de janeiro.
Apesar de Tarcísio ter dado um tom favorável a Bolsonaro, a denúncia contra o ex-presidente sustenta que ele estimulou o descrédito no sistema eleitoral, ameaçou o STF e participou ativamente de articulações golpistas.
A audiência desta sexta-feira (30/5) no STF também ouviu outras testemunhas, como o ex-ministro Ciro Nogueira, o senador Eduardo Girão, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
O Supremo Tribunal Federal encerra na segunda-feira da semana que vem, 2 de junho, a fase de depoimentos no inquérito sobre a tentativa de golpe, com pelo menos 43 pessoas já ouvidas.
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