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Infertilidade feminina pode ser sinal de endometriose, dizem especialistas

Proposta aprovada no dia 9 de julho garante atendimento prioritário e integral no Sistema Único de Saúde (SUS) para mulheres que lutam contra a doença

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          De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, cerca de seis milhões de brasileiras enfrentam a doença – que afeta 15% das mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos). Famosas como Patrícia Poeta, Tatá Werneck, Larissa Manoela, Wanessa Camargo, Adriana Esteves e Malu Mader também estão na lista das pessoas que sofrem com a enfermidade.

          Uma proposta aprovada no dia 9 de julho garante atendimento prioritário e integral no Sistema Único de Saúde (SUS) para mulheres com endometriose. Dois tratamentos hormonais também estarão disponíveis de forma gratuita: o dispositivo intrauterino liberador de levonorgestrel (DIU-LNG) e o desogestrel, que impedem o crescimento do endométrio fora do útero.

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          Infertilidade feminina pode estar ligada à endometriosePexels
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          Em entrevista ao portal LeoDias, o ginecologista Moizes Batista, pós-graduado em Nutrologia, ressalta a importância do tratamento multidisciplinar nos casos de endometriose. Para ele, as novas medidas representam um grande avanço no enfrentamento de uma das doenças ginecológicas crônicas mais debilitantes entre as brasileiras, assegurando acesso gratuito a exames, medicamentos, tratamentos e acompanhamento médico especializado.

          “O ginecologista é essencial, mas uma equipe multidisciplinar é o grande diferencial. A endometriose afeta o corpo de forma sistêmica, então nutricionista, nutrólogo, psicólogo, educador físico e até fisioterapeuta pélvico podem ajudar. Essa abordagem trata a doença e também melhora a qualidade de vida, atuando na inflamação, dor, equilíbrio hormonal e saúde emocional”, ressalta.

          A endometriose é uma doença inflamatória crônica em que o tecido semelhante ao endométrio (camada que reveste o útero) cresce fora do útero, podendo acometer ovários, trompas, bexiga, intestino e outros órgãos.

          Entre os principais sintomas da enfermidade estão cólicas menstruais intensas (que não melhoram com analgésicos comuns), dor pélvica crônica, dor durante a relação sexual e alterações intestinais ou urinárias durante o ciclo menstrual.

          “Muita gente não sabe, mas a endometriose pode causar também dor lombar, fadiga crônica, inchaço abdominal, além de impactar o humor e a saúde mental, levando a quadros de ansiedade e até depressão pela dor constante. Outro ponto importante: os sintomas gastrointestinais (constipação, diarreia, dor para evacuar) podem ser confundidos com outras doenças”, destaca Moizes Batista.

          Infertilidade pode ser um sinal

          De acordo com a ginecologista Ana Paula Fonseca, a infertilidade pode ser um sinal de endometriose. “Estima-se que entre 30% e 50% das mulheres com a doença enfrentem algum grau de dificuldade para engravidar. A naturalização da dor é um dos maiores desafios. Muitas mulheres escutam desde cedo que é normal sentir dor durante a menstruação, mas não é”, alerta a médica.

          “Toda dor pélvica que interfere na qualidade de vida precisa ser levada a sério. Ninguém deveria se acostumar a viver com dor. O diagnóstico precoce faz toda a diferença. Quanto antes investigarmos e tratarmos, melhores as chances de controle da doença e de preservar a fertilidade da mulher”, acrescenta.

          Ainda segundo a especialista, a endometriose, por ser uma doença basicamente inflamatória, podendo interferir desde a quantidade e qualidade dos óvulos. “Pode ter focos ovarianos, por exemplos, que interferem diretamente no processo de ovulação (…) Até gerar distorções na anatomia da pelve feminina provocando aderências, obstruções, entre outros, que podem impedir mecanicamente a gravidez”, pontua.

          O impacto da alimentação no combate a endometriose

          O ginecologista Moizes Batista afirma que o tratamento deve ser feito de forma individualizada, combinando medicamentos, cirurgias quando necessário e mudanças no estilo de vida. “Exercícios físicos, alimentação anti-inflamatória, manejo do estresse e terapias complementares ajudam a diminuir dor, equilibrar o intestino e melhorar humor e libido”, explica o médico, ressaltando que a alimentação é uma poderosa aliada.

          Alimentos que ajudam e os que pioram os sintomas

          • Alimentos que ajudam: peixes ricos em ômega-3 (salmão, sardinha), vegetais crucíferos (brócolis, couve-flor), cúrcuma, gengibre, frutas vermelhas, oleaginosas e azeite de oliva.
          • Alimentos que pioram: ultraprocessados, açúcar em excesso, gorduras trans, excesso de carnes vermelhas e laticínios para quem tem sensibilidade. Evitar álcool e cafeína em excesso também pode ajudar.

          “Muito além de todos os cuidados, é extremamente importante também não normalizar a dor! Se você sente cólicas incapacitantes ou dor pélvica frequente, procure um especialista. A endometriose não é frescura, não é ‘coisa da sua cabeça’ e não precisa ser enfrentada sozinha. Informação, apoio e tratamento certo podem transformar vidas”, conclui o especialista.

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