Maguila falava em doar o cérebro para a ciência; entenda como o órgão pode ser utilizado
Maguila morreu aos 66 anos vítima da encefalopatia traumática crônica (ETC), uma doença neurodegenerativa causada por repetidos traumas cranianos, comum em ex-boxeadores
O ex-boxeador Adilson Maguila, que morreu na quinta-feira (24/10), aos 66 anos, contou em entrevista concedida em 2018, que desejava doar o seu cérebro para estudos após sua morte. O maior peso-pesado da história do boxe brasileiro tratava há anos uma doença degenerativa, progressiva e irreversível: a encefalopatia traumática crônica, que era conhecida até os anos 1990 como “demência pugilística”.
Em entrevista à TV Globo, em 2018, Maguila disse que queria doar seu cérebro após a morte para estudos e pesquisas, na Universidade de São Paulo, a respeito da doença que tratava. Na época ele disse que não tinha pressa para isso, pois pretendia viver até os 100 anos.
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Uma equipe da USP analisa as consequências de impactos repetidos na cabeça em esportes como futebol, boxe e rúgbi, entre outros. O estudo é tido como fundamental para desenvolver medidas de prevenção.
Quem também fez o mesmo foi a família de Bellini, campeão mundial em 1958. O ex-zagueiro tinha a mesma doença que Maguila e queria contribuir para a pesquisa da encefalopatia traumática crônica. Ele foi um dos cerca de 5.000 doadores que ajudou a formar o segundo maior acervo mundial de encéfalos em um só local, que é o da USP.
A universidade administra o maior centro de autópsias do mundo, o SVOC (Serviço de Verificação de Óbitos da Capital), responsável por emitir os atestados às pessoas que morreram de causas naturais na metrópole paulista.
O objetivo é realizar pesquisas sobre o envelhecimento do cérebro para auxiliar em ações de prevenção e tratamento.
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