O que é a Doença de Sjögren? Entenda o diagnóstico da ex-BBB Fernanda Keulla
Especialista do Hospital Albert Sabin detalha os sintomas, causas e tratamento da Doença de Sjögren, que afeta principalmente mulheres

Após revelar ter sido diagnosticada com a Doença de Sjögren, uma condição autoimune rara, Fernanda Keulla tem chamado atenção para um problema de saúde ainda pouco conhecido. A ex-BBB contou, em entrevista recente, que enfrentava sintomas persistentes que afetavam seu bem-estar diário. Para entender melhor a condição, o portal LeoDias conversou com a reumatologista Dra. Giovana Gabriela Koptian, do Hospital Albert Sabin (HAS).
A especialista esclarece que a Doença de Sjögren é autoimune e crônica, o que significa que o sistema imunológico da pessoa começa a atacar tecidos saudáveis do próprio corpo. No caso da doença de Fernanda, as principais regiões afetadas são as glândulas que produzem saliva e lágrimas. “É considerada rara por afetar de 0,1% a 0,6% da população. Muitos casos leves nem são diagnosticados, o que reforça a subnotificação”, explica a médica.
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Entre os principais sintomas estão olhos e boca secos, sensação de areia nos olhos, dificuldade para falar ou engolir, além de fadiga intensa, dores articulares e secura na pele ou nas mucosas. Em mulheres, pode haver também ressecamento vaginal, gerando dor ou desconforto. “Esses sintomas comprometem diretamente a qualidade de vida e, muitas vezes, dificultam o diagnóstico precoce”, afirma a reumatologista.
De acordo com Giovana, a condição atinge majoritariamente mulheres, uma proporção de nove mulheres para cada homem diagnosticado. A faixa etária mais comum para o diagnóstico é entre os 40 e 60 anos, mas pode surgir antes ou depois disso. Há ainda fatores genéticos e ambientais envolvidos no desenvolvimento da doença, como predisposição familiar e até infecções virais anteriores.
Não existe um exame único para fechar o diagnóstico. “É como montar um quebra-cabeça”, compara a doutora. São considerados exames oftalmológicos, testes de sangue para detectar autoanticorpos específicos, biópsias de glândulas salivares e exames de imagem. Apesar de não ter cura, a Doença de Sjögren pode ser controlada com tratamento adequado. O foco está no alívio dos sintomas e na prevenção de complicações mais graves.
Se não tratada corretamente, a doença pode gerar complicações sistêmicas, afetando órgãos como pulmões, rins e nervos periféricos. Há ainda um pequeno aumento no risco de linfoma, um tipo de câncer do sistema linfático. Porém, a maioria das pessoas consegue manter uma vida normal com acompanhamento regular.
A médica reforça ainda a importância de atenção aos sinais e à persistência no diagnóstico. “É comum que pacientes levem anos para descobrir a doença, porque os sintomas se confundem com outras condições, como menopausa, ansiedade ou até uso excessivo de telas”, alerta.
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