Priscila Belfort: Joana Prado diz que trauma por desaparecimento afetou os filhos
A modelo abriu o coração na coletiva de imprensa da série “Volta, Priscila”, em São Paulo, na noite desta terça-feira (17/9)
Nesta terça-feira (17/9), aconteceu a coletiva de imprensa da série “Volta, Priscila”, em São Paulo. A produção do Disney+ vai abordar o desaparecimento de Priscila Belfort, irmã do lutador Vitor Belfort. A cunhada, Joana Prado, esteve no evento de divulgação e revelou como o caso interferiu na criação de seus filhos com Vitor. A produção estreia na plataforma de streaming no próximo dia 25 de setembro.
“Para mim é inadmissível, é louco mesmo, você pensar como uma pessoa desaparece? A gente nasce sabendo que um dia a gente vai morrer, mas ninguém nasce sabendo ou esperando que um filho desapareça. E eu lembro do nosso desespero, quando a gente saiu nas ruas e a gente não sabia o que fazer e nem para onde ir”, iniciou ela na declaração.
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A empresária relembra que na época do desaparecimento, em 2004, não existia uma formalidade a ser seguida em casos como esse: “Não existia um protocolo, como existe hoje a ajuda de algumas pessoas que conseguiram implantar e delegacias especializadas para isso. Essa é a nossa dor até hoje, 20 anos se passaram”, declara a cunhada.
Joana ainda relata que o trauma com o desaparecimento em sua família atingiu a criação de seus filhos: “Eu mãe de 3 crianças, vivi um trauma por muitos anos, a ponto de não deixar meus filhos irem para nenhuma viagem de escola e nem passeio de escola. A gente ia para um shopping center e andava praticamente os cinco juntos. Acho que por isso a gente ficou tão unido também, já que era sempre tão grudado um no outro”, afirma a artista.
20 anos depois, ela afirma que está liberta do choque: “Pela misericórdia de Deus, eu consegui ser liberta disso. Mas a minha parte carnal ainda gritava e quando eu deixava eles irem para algum passeio da escola, eu escrevia meu número bem grande no antebraço deles. Mas aos pouquinhos eu fui me libertando”, conclui Joana Prado.
A irmã do lutador Vitor Belfort era servidora na Secretaria Municipal de Esportes e Lazer do Rio de Janeiro e foi vista pela última vez em 2004, quando saia do trabalho para almoçar. Desde então, boatos e denúncias tornam a história um mistério, já que ainda não teve uma conclusão judicial.
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