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The Noite, a fábrica por trás das câmeras: diretor revela como o programa é produzido

Em entrevista ao portal LeoDias, João Mesquita fala das complexidades e logísticas para colocar o programa de Danilo Gentili no ar

Por Cadu Safner - 07/03/2024 às 22:26 atualizado em 09/03/2024

Mais de 4 mil entrevistas e 200 edições na liderança absoluta em São Paulo foram contabilizadas na trajetória do The Noite até aqui, mês em que a atração completa 10 anos consecutivos no ar. Dirigido por João Mesquita, a atração sobreviveu às transformações da televisão brasileira e hoje é o único do gênero que se consagrou desde Jô Soares.

Para colocar quatro edições inéditas no ar semanalmente, Mesquita movimenta cerca de 24 pessoas em sua equipe, uma das maiores dentre as produções do SBT. Os profissionais se dividem entre produtores, editores, roteiristas e assistentes. É um processo bastante complexo produzir uma edição simples do The Noite.

Em conversa com a reportagem do portal LeoDias, Mesquita, que agora concilia Danilo Gentili e a construção do novo programa de Virginia Fonseca no SBT, explicou que o ponto mais difícil na execução do The Noite é administrar convidados. 

“Hoje em dia, com as redes sociais, nem sempre os grandes artistas precisam de divulgação, então, a divulgação na internet para eles já basta para lotar shows ou para vender um DVD. Essa é uma questão que mudou muito, pois antigamente você falava com artistas de A a Z, mas agora é preciso falar antes com o streaming tal, com a agência tal … é muito mais complicado, mais frágil, mais sensível, então, acho que essa é a parte mais difícil na produção”, disse ele, que atua ao lado do apresentador desde os tempos de CQC, na Band. 

O The Noite possui 50 minutos de arte, ou seja, de conteúdo televisionado, sem contar a publicidade veiculada dentro dele. “É difícil a gente gravar o dobro do tempo, o que geralmente isso acontece em outros lugares. Temos dois dias para gravar e a gente três programas. Não posso enrolar, tem que ser muito rápido e prático”, explica João, que dirigiu até aqui cerca de 2.526 edições. 

The Noite é marca do SBT a nível internacional 

Hoje aos 36 anos e reconhecido como um dos diretores mais promissores e talentosos de sua geração, João Mesquita, também com passagem pela Globo Internacional, conta em 10 anos o The Noite se tornou com o tempo o principal chamariz da televisão brasileira no campo de entrevistas com artistas estrangeiros.

“Em 2014 , quando estreamos, vimos que existia a oportunidade desse mercado. Tínhamos a Globo, que é uma grande emissora, mas que vê isso apenas como uma questão comercial, e nós, sabiamente, tanto o SBT quanto o The Noite, entendemos isso como conteúdo artístico e que poderia ser um campo muito melhor explorado”, disse João.

“É mérito nosso, além do Danilo e da nossa equipe artística que seleciona os convidados e faz essa aproximação. E daí, com o “/boom”/ da chegada desses artistas aqui, que foi nessa fase de 2014 até a pré-pandemia, virou um portfólio nosso. Abrimos uma nova porta de entrada da mídia brasileira para os convidados internacionais. Estamos muito felizes. A demanda diminuiu por causa do online, mas  a gente segue nessa empreitada, vão acontecer muito mais em breve”, adianta ele. 

A entrevista mais difícil de todas

“O mais difícil que a gente conseguiu foi o Arnold Schwarzenegger. Foi uma entrevista muito de uma pré-produção, muito complicada, muito elaborada. Era pra ser uma entrevista menor do que a gente fez, com metade do tempo, mas ao contrário do que geralmente acontece com o ator, nós conseguimos sair um  um pouco do senso comum porque o Danilo é um admirador dele, o Danilo conhecia muito da história de infância, então, quando tudo isso foi abordado, ele ganhou o Arnold. Tudo aquilo foi repertório do Danilo. Essa entrevista ficou enorme, tanto que, quando acabou, o Arnold foi parabenizar o Danilo dizendo que foi uma das melhores entrevistas que ele já concedeu”. 

A logística de trazer um grande nome ao programa 

“É bem chato, temos que criar uma “/coreografia”/ desde a hora que o artista sai do hotel para pegar carro ou helicóptero, muitas vezes o Danilo já tem que estar no palco e pronto para quando o artista chegar e já entrar no camarim ou estúdio. Temos que parar tudo para receber esse convidado, não porque o cara é simplesmente um grande artista, mas é porque a agenda dele no país geralmente é muito pequena. Às vezes o que acontece, é que o artista sai de outro país com contrato já assinado para quais programas ele vai fazer. Muitos a gente consegue convencer aqui mesmo no Brasil com o portfólio que apresentamos”, revelou João Mesquita.  

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Lourival Ribeiro / SBT
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