Arena MRV, estádio do Atlético-MG, é interditado após bombas no gramado
A decisão foi tomada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD)
O estádio do Atlético-MG, a Arena MRV, está interditado. A decisão foi publicada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta terça-feira (12/11), dois dias após o caos protagonizado por parte da torcida atleticana na final da Copa do Brasil, onde o Galo perdeu por 1 a 0 e o Flamengo levantou a taça.
A Procuradoria do STJD fez o pedido logo na segunda-feira (11/11), dia seguinte à confusão, e o presidente do tribunal desportivo, Luís Otávio Veríssimo, deferiu a “medida inominada” (decisão provisória), determinando ainda que o Galo jogue suas partidas em outro estádio, com portões fechados.
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“A medida estará em vigor até que o clube comprove a adoção de medidas necessárias e suficientes para garantir a segurança na Arena MRV”, diz trecho da sentença, que deixa claro o tempo indeterminado da decisão.
Caos e acusações
Foram registrados atos de violência na arquibancada, com torcedores arremessando copos de cerveja, bombas, e tudo que servisse como arma para ser jogada em campo. Ao todo, a Polícia Civil de Minas Gerais registrou 13 ocorrências, envolvendo furto, agressão, desacato, ameaça, provocação de tumulto e até mesmo racismo.
Na situação mais grave, um fotógrafo foi atingido por uma bomba e teve de ser encaminhado ao hospital, rompendo um tendão do pé e tendo uma fratura em três dedos, sendo obrigado a fazer um procedimento cirúrgico.
O Galo tem três jogos como mandante até o final da temporada, contra Botafogo (34ª rodada, em 20 de novembro), Juventude (36ª rodada, em 26 de novembro) e Athletico-PR (38ª rodada, 8 de dezembro). Se não houver uma reviravolta sobre o caso, o clube mineiro só deve atuar “em casa” no ano que vem.
Segundo a Rádio Itatiaia, foi apresentado cinco delitos graves por parte do procurador Paulo Dantas, para embasar a decisão:
- Arremesso de quatro bombas no gramado;
- Arremesso de objetos;
- Apontamento de laser nos olhos do goleiro da equipe visitante;
- Invasão de torcedor após o gol da equipe visitante;
- Tentativa de invasão de vários torcedores.
O procurador apresentou uma série de imagens das bombas atiradas em gramado, os objetos arremessados, as invasões, entre outros conflitos na Arena MRV. O juiz confirmou o “lastro probatório” para decidir a favor da interdição.
“As condutas mencionadas possuem lastro probatório para assegurar a verossimilhança das alegações formuladas pela PGJD quanto a falha do clube mandante na manutenção da segurança da praça desportiva (art. 211 do CBJD) e da ausência de medidas eficazes para prevenir os atos hostis praticados pela sua torcida (art. 213 do CBJD)”, diz trecho da sentença.
Galo refuta
Em comunicado publicado no site oficial, o Atlético-MG informou que vai recorrer da decisão, afirmando ainda que o STJD não oportunizou ao clube “o exercício do direito de defesa”.
Veja a nota completa do Atlético-MG:
Sobre o deferimento de pedido de interdição da Arena MRV, o Atlético informa que, pelo fato de o STJD não ter oportunizado ao CAM o exercício do direito de defesa, o Clube apresentará uma solicitação de reconsideração.
O pedido será fundamentado em tudo que foi e está sendo feito pelo Galo em relação à segurança da Arena MRV.
O Atlético irá cumprir a ordem do STJD, mas entende que a garantia do direito à ampla defesa é indispensável para a construção de uma decisão justa.
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