FIFA avalia mudanças na arbitragem da Copa do Mundo de Clubes: “Experiência interessante”
Presidente do Comitê de Árbitros da entidade, o italiano Pierluigi Collina, elogiou as novidades

Pierluigi Collina, presidente do Comitê de Árbitros da FIFA, avaliou as mudanças na arbitragem implementadas para a Copa do Mundo de Clubes. As câmeras corporais para os árbitros, tecnologia do impedimento semiautomático e a regra de oito segundos para coibir a cera dos goleiros foram aprovadas pela entidade.
Em entrevista ao site da organização máxima do esporte, o italiano, que atuou como árbitro entre 1977 e 2005, destacou que as novidades tiveram uma recepção positiva. A avaliação inclui a opinião tanto do público quanto dos especialistas.
Câmeras corporais? Aprovadas!
Na avaliação de Collina, a inclusão de câmeras que mostram a visão do árbitro ofereceu uma nova visão para os torcedores que assistem às partidas em casa. “Achamos que seria uma experiência interessante para os telespectadores e recebemos ótimos comentários. Nos perguntaram: ‘Por que não em todas as partidas?’ e ainda mais: ‘Por que não em todos os esportes?’”.
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Além disso, a novidade permite que o juiz seja avaliado com base naquilo que ele pôde ou não ver. Como exemplo, citou a partida entre Paris Saint-Germain (FRA) e Atlético de Madrid (ESP), em que um contato faltoso com a mão na bola não foi assinalado pelo árbitro de campo, que recorreu ao VAR. As imagens da câmera no peito mostram que ele teve a visão bloqueada por um jogador.
“Não foi apenas para fins de entretenimento, mas também para orientar os árbitros e explicar por que algo não foi visto em campo […] Fica absolutamente claro que o árbitro não poderia ter visto aquele incidente ao vivo em campo”.
Redução da cera
Basta um placar favorável para o goleiro do time não ter nenhuma pressa para repor a bola para o jogo. Não mais! Se antes o tiro livre indireto era marcado caso o arqueiro segurasse a bola por mais de seis segundos, agora o juiz assinala cobrança de escanteio após oito segundos, incluindo uma contagem visual de cinco segundos.

O italiano Pierluigi Collina, árbitro por 25 anos, foi eleito o melhor árbitro da história. Foto: Divulgação/FIFA
Mas se a tolerância aumentou, porquê o tempo para a bola voltar ao campo irá reduzir? É que anteriormente, apesar da teoria mais rígida, os árbitros raramente puniam os “enroladores” que superaram o limite permitido na prática. No Mundial, a estreia foi já na 1ª rodada do Grupo F, no confronto entre Mamelodi Sundowns (AFR) e o Ulsan (COR).
“Foi um grande sucesso; o ritmo da partida melhorou. Não perdemos tempo com os goleiros mantendo a bola entre as mãos por muito tempo – como acontecia com bastante frequência em partidas anteriores”, avaliou Collina.
Impedimento milimétrico
Já a nova tecnologia do impedimento semiautomático, que envia um sinal eletrônico para os assistentes (bandeirinhas) quando há uma vantagem clara, acelerou o processo de marcação. A novidade impede que os atacantes desperdicem um pique de 30 ou 40 metros em uma jogada em que seria marcada a irregularidade, como destaca o site da FIFA.

O brasileiro Ramon Abatti Abel foi um dos representantes nacionais na Copa do Mundo de Clubes. Foto: Divulgação/FIFA
“Funcionou muito bem, tivemos gols anulados e corretamente anulados; também tivemos decisões corretas apoiadas pela tecnologia semiautomática de impedimento – [estamos] muito felizes, muito satisfeitos”, disse Collina, eleito pela IFFHS o melhor árbitro da história.
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