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GP da Itália pode ter sido a última transmissão da F1 na Band, diz jornalista

Os problemas nos bastidores vieram à tona e a Band está “capegando” com a F1 a ponto de deixar a emissora

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          O Grupo Bandeirantes está recheado de problemas, incluindo dívidas que ultrapassam a casa de R$ 1,5 bilhão, além embates nos bastidores que levam a uma grande crise que extrapola o financeiro e isso pode impactar um produto importante da emissora: a Fórmula 1, que pode estar de saída bem próxima.

          O colunista Daniel Castro, do site Notícias da TV, relatou que o GP da Itália, disputado em Monza no último final de semana e transmitido pela Band, pode ter sido o último da parceria com a Fórmula 1. Com ainda oito corridas na temporada, a emissora estaria aguardando as próximas horas – ou dias – para uma rescisão de contrato com a Liberty Media, dona dos direitos da categoria automobilística.

          Veja as fotos

          Largada do GP da Itália 2024 (Getty Images via F1)
          Largada do GP da Itália 2024 (Getty Images via F1)
          Leclerc, da Ferrari, venceu o GP da Itália, em Monza (Getty Images via F1)
          Leclerc, da Ferrari, venceu o GP da Itália, em Monza (Getty Images via F1)
          Leclerc, da Ferrari, venceu o GP da Itália, em Monza (Getty Images via F1)
          Leclerc, da Ferrari, venceu o GP da Itália, em Monza (Getty Images via F1)

          Corrida pela F1

          O relacionamento da Band e a Liberty Media estaria em crise por conta de alguns motivos e, segundo a F1MANIA.NET,  estão inclusos críticas a equipe de transmissão da emissora, a queda na audiência – as corridas tem ficado atrás de Record, SBT e Globo -, além de questões financeiras.

          A Band vem buscando uma renovação em sua programação, porém a crise financeira vem se contrapondo com a capacidade de investimentos em parcerias, como afirmou o Notícias da TV, apontando uma tentativa fracassada de parceria para uma novela, encerrada após desconfiança na capacidade financeira da emissora.

          Na Fórmula 1, o sofrimento também é grande, principalmente porque no ano passado a Band não recebeu pagamento de patrocinadoras e agora está correndo contra o tempo para conseguir pagar as contas de 2024. 

          Para piorar, recentemente a emissora levou um calote de uma casa de apostas e precisou entrar na Justiça para cobrar o montante de R$ 5 milhões, referente ao pagamento das cotas de anúncios.

          O relacionamento entre Fórmula 1 e Band começou com o pé direito e, inicialmente, a corrida se mostrou um bom produto para a emissora, porém a empolgação foi diminuindo, principalmente pelo fator que levou a Globo a não renovar contrato em anos anteriores: falta de competitividade nas pistas.

          Atualmente, esse cenário tem melhorado, com quatro equipes lutando pela dominância nas pistas, mas nos últimos dois anos Max Verstappen carregou o campeonato nas costas, faturando vitórias com grandes diferenças e deixando as corridas “mais chatas”.

          Concorrência no retrovisor

          Com o debate sobre a permanência da Fórmula 1 na Band, quem surge como forte candidata é a Globo. Segundo o portal “F5”, a ideia da emissora é transmitir a temporada completa em seu canal fechado, o SporTV, além de seu serviço de streaming, o Globoplay, com algumas corridas de “maior peso” sendo transmitidas em TV aberta, como o GP de Mônaco e o do Brasil.

          Atualmente, o mercado da TV fechada e o streaming se tornaram o principal reduto da Fórmula 1 em todo o mundo, sendo o Brasil e a Austrália os únicos países que ainda transmitem as corridas em TV aberta.

          No ano passado, a Liberty Media recusou uma proposta da Globo que limitava as corridas em TV aberta, mas atualmente a negociação se tornou outra, pois a TV fechada passou a dominar o cenário das corridas – na Espanha, por exemplo, apenas o aplicativo DAZN transmite.

          O maior entrave, porém, vem entre os serviços de streaming das duas empresas, o Globoplay e a F1TV Pro, canal oficial da competição, além da Heineken, principal patrocinadora da Fórmula 1 – a Globo tem contrato vigente com outra marca de bebidas.

          A Globo e a Fórmula 1 tiveram um “relacionamento sério” por anos, de 1981 até 2020, com a categoria ganhando popularidade no Brasil, principalmente nos anos 1990 e 2000, quando nomes como Ayrton Senna, Rubens Barrichello e Felipe Massa, aliados a voz de narradores como Galvão Bueno e Luiz Roberto, dispararam a audiência da categoria.

          A parceria, encerrada em 2020, foi marcada pela queda de audiência, mas mesmo com os números baixos no Ibope, o retorno financeiro em patrocínios comerciais sempre foi lucrativo, principalmente por conta do alto apelo junto às classes AB.

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