Morre o humorista Ary Toledo, aos 87 anos de idade O que foi isso, SP? Cidade vive minutos de terror com tempestade devastadora
Morre o humorista Ary Toledo, aos 87 anos de idade O que foi isso, SP? Cidade vive minutos de terror com tempestade devastadora

O que chega ao árbitro: Entenda como funciona o protocolo do VAR no futebol

Implementado desde 2016, o árbitro de vídeo tem um protocolo especial e uma indicação clara para cada revisão

          Na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, no Senado Federal, o chefe de arbitragem da CBF, Wilson Seneme, polemizou ao falar que “um arbitro de vídeo não está obrigado a mostrar para o de campo todos os ângulos”, seguindo assim os protocolos do VAR definidos pela FIFA. O portal LeoDias explica qual é realmente o papel da tecnologia e como funciona esse protocolo.

          Curiosamente, o VAR foi ideia de um brasileiro, Manoel Serapião Filho, que desenvolveu junto a International Football Association Board (IFAB) a implementação a partir de março de 2016 e, segundo o site da CBF, “o texto do protocolo do uso do árbitro de vídeo foi escrito e enviado pela Comissão de Arbitragem da CBF”.

          “Foi o Brasil o país que iniciou todo esse movimento para a utilização do árbitro de vídeo, de ajuda tecnológica para a arbitragem. Nós participamos desde a origem. A CBF conquistou essa marca que não nos tiram e que temos que comemorar. Eu me sinto muito feliz por participar de tudo isso. Não apenas pessoalmente, mas principalmente por estar contribuindo para o desenvolvimento do futebol”, disse Manoel durante a realização do 2º Curso de Capacitação Árbitro Assistente de Vídeo, em julho de 2018.

          A CBF se colocou como pioneira na implementação do VAR a partir de setembro de 2015, quando enviou a base das diretrizes do protocolo posteriormente aceito pela IFAB. O primeiro teste aconteceu nas decisões do Campeonato Carioca entre Botafogo e Vasco, com um treinamento offline da tecnologia.

          Veja as fotos

          Reprodução/TV Senado
          Reprodução/TV Senado
          Seneme e Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF. Foto: Reprodução
          Seneme e Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF. Foto: Reprodução
          Bastidores das reuniões e detalhes do trabalho da arbitragem na partida, realizada na Arena Corinthians, em 26 de setembro de 2018. Foto: Fernando Torres / CBF
          Bastidores das reuniões e detalhes do trabalho da arbitragem na partida, realizada na Arena Corinthians, em 26 de setembro de 2018. Foto: Fernando Torres / CBF

          Protocolo do VAR

          O portal LeoDias teve acesso a um dos primeiros manuais distribuídos pela CBF aos árbitros do VAR. Com o slogan ‘Mínima Interferência – Máximo benefício’, o documento de abril de 2017 ainda era para testes que estavam sendo desenvolvidos.

          Esse slogan é explicado na introdução que define o VAR como algo que “não se quer destruir o andamento e as emoções essenciais do futebol resultante da ação quase ‘non-stop’ do jogo e a ausência geral de paradas longas”.

          O VAR desde esse documento até os dias de hoje passou por várias implementações novas, mudanças e questionamentos, ainda mais com o desenvolvimento das inteligências artificiais, mas o princípio básico do protocolo, se resume assim:

          “Árbitros fazem centenas de decisões em cada partida de futebol, incluindo decidir que não houve ofensa. Seria impossível, sem alterar o futebol completamente, revisar cada decisão. Portanto o uso dos VARs se limita a quatro categorias de decisões/incidentes: gols, decisões em pênaltis, cartões vermelhos diretos e identidade equivocada.

          Árbitro de campo e árbitro de vídeo

          A atuação do árbitro de campo sempre pedirá uma descrição dos fatos antes de requerer qualquer opinião do VAR. Se o VAR achar que o árbitro deveria ver as imagens diretamente, recomenda uma revisão o mais rápido possível.

          O árbitro de vídeo tem que dar a informação de forma objetiva, tanto pelas imagens, quanto nas palavras, ou seja, será repassado ao árbitro de campo apenas as imagens que mostram a suposta violação e o árbitro de campo poderá requisitar outras câmeras, caso seja preciso – por exemplo, caso ele tenha dúvidas sobre um toque de mão ou agressão, ou mesmo sobre identidade trocada. 

          Aliás, a opinião de quem está no VAR sobre o lance só é repassada caso seja requisitada pelo árbitro de campo – a decisão final é sempre de quem está apitando no gramado.

          Princípios do VAR:

          – Somente o árbitro pode iniciar uma revisão;

          – A decisão final será sempre tomada pelo árbitro central;

          – O árbitro permanecerá visível durante todo o processo de revisão para garantir a transparência;

          – Não existe nenhuma pressão para agilizar uma revisão, a precisão é mais importante que a rapidez;

          – Uma partida não será anulada por motivos de mal funcionamento da tecnologia, nem por decisões incorretas relacionadas ao VAR, ou por uma decisão de não revisar o incidente;

          – Os jogadores e comissão técnica não devem tentar interferir no processo de revisão. Um jogador que fizer o sinal de TV insistentemente será advertido com o cartão amarelo; e

          – Se o jogo for reiniciado depois de uma interrupção, o árbitro não poderá mais realizar uma revisão, exceto em casos de confusão de identidade ou uma possível infração passível de expulsão por conduta violenta.

          Fique por dentro!

          Para ficar por dentro de tudo sobre o universo dos famosos e do entretenimento siga @leodias no Instagram.

          Agora também estamos no WhatsApp! Clique aqui e receba todas as notícias e conteúdos exclusivos em primeira mão.