Pressionada, CBF se movimenta para implementar tecnologia para diminuir erros de arbitragem
O impedimento semiautomático já é utilizado em grandes ligas da Europa
Os erros de arbitragem no começo desse Brasileirão estão fazendo a CBF se movimentar e, agora, a entidade máxima do futebol brasileiro está debatendo como implantar o impedimento semiautomático, tecnologia que daria maior precisão nas decisões dos árbitros.
Segundo o jornalista Rodrigo Mattos, a “Hawk-Eye”, empresa de tecnologia que cuida do VAR no Brasil, está estudando junto a CBF como esse mecanismo poderia ser implementado no futebol brasileiro. Tudo depende do custo e também da infraestrutura dos estádios.
Veja as fotos
Na primeira divisão, apesar de haver arenas modernas, há também os estádios mais acanhados, como o Antônio Accioly do Atlético-GO, o Nabi Abi Chedid do Red Bull Bragantino, São Januário do Vasco, entre outros.
Esses estádios tem limitações para instalações de câmeras, frequentemente gerando problemas na qualidade de imagens, como foi o caso em uma das análises do VAR no confronto entre Bragantino e Flamengo.
Para instalar o impedimento semiautomático, seriam necessárias cerca de 12 câmeras adicionais, além do custo ser em euros. Atualmente, o VAR atua em todas as divisões do Campeonato Brasileiro, caso seja implementado, a maioria dos estádios de divisões inferiores não teriam condições para instalação e, possivelmente, até mesmo na Série A.
O chefe de arbitragem da CBF, Wilson Seneme, declarou à reportagem de Mattos que a busca pela implementação é “tirar da mão do humano”, deixando o impedimento por conta da tecnologia.
“A gente está levantando a possibilidade de utilizar. Tirar da mão do humano”, disse Seneme, que apesar de ressaltar a confiabilidade da linha de impedimento do VAR atual, declarou: “Se houve erro, foram dois no ano passado”, completou.
Como funciona o impedimento semiautomático?
A tecnologia da linha de impedimento semiautomática revolucionou o futebol e tem sido usada em ligas de grande porte na Europa, além da Copa do Mundo.
Por meio de um chip na bola e 12 câmeras localizadas no teto do estádio, são coletados cerca de 29 pontos de dados do jogador, cerca de 50 vezes por segundo, onde é detectado os membros e extremidades para determinar com precisão a existência ou não do impedimento.
Todos esses dados são processados em tempo real por meio de uma inteligência artificial conectada ao VAR e estando o atleta impedido, o árbitro de vídeo confere manualmente para depois informar ao árbitro de campo. Segundos depois, uma animação do lance é criada e vai para a transmissão ao vivo.
As duas primeiras competições a terem a tecnologia usada foram a Copa das Nações Árabes e o Mundial de Clubes, ambos em 2021. Na Copa do Mundo de 2022, o impedimento semiautomático ganhou fama e hoje está nas principais competições europeias, além de ligas na Espanha, Inglaterra, entre outros.
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