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STF define data de julgamento que irá definir futuro do presidente da CBF

A entidade máxima do futebol brasileiro está com o futuro a se definir na Justiça

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A presidência da CBF tem o seu futuro a ser definido no próximo dia 24, no STF (Supremo Tribunal Federal), quando os ministros irão julgar se mantém ou derruba o recurso do ministro da Corte, Gilmar Mendes, que reconduziu Ednaldo Rodrigues à presidência da entidade em janeiro deste ano.

A CBF tem vivido um imbróglio judicial desde que Ednaldo Rodrigues foi deposto do cargo pela Justiça do Rio, por conta de supostas irregularidades em sua eleição, sendo ele acusado de assinar, na época, um acordo irregular com o Ministério Público. Desde então, o dirigente voltou ao comando da CBF e, agora, saberá se poderá continuar o seu mandato.

Recurso pela seleção

O processo foi um pedido do Partido Comunista do Brasil (PC do B),  alegando ser a suspensão de Ednaldo um dano irreparável à CBF, citando que a FIFA não reconhecia qualquer liderança da CBF, se não seu presidente e ainda alegando a possibilidade de uma possível perda de inscrição da Seleção para as Olimpíadas de Paris – na qual o Brasil acabou não se classificando, após o recurso impetrado.

Antes do recurso “vitorioso”, Ednaldo foi ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), e antes do PCdoB, o PSD (Partido Social-Democrata) já havia impetrado um recurso no STF, mas sem sucesso. O relator do caso no Supremo é o ministro André Mendonça.

Em um trecho da decisão divulgada pelo site GE, Gilmar Mendes citou o perigo de a Seleção Brasileira ficar de fora do torneio pré-olímpico e, por consequência, dos Jogos de Paris de 2024.

“…para evitar prejuízos dessa natureza enquanto esta Suprema Corte se debruça sobre os parâmetros constitucionalmente adequados de legitimidade do Ministério Público na seara desportiva, faz-se necessária a concessão de medida cautelar apta a salvaguardar a atuação – ao que tudo indica constitucional – do ente ministerial, consubstanciada em diversas medidas judiciais e extrajudiciais manejadas em todo o país”, diz trecho da decisão.

No dia 24, ao menos dois ministros devem ser impedidos de votar: O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por ser tio de um dos advogados da CBF, além do ministro Luiz Fux, pai de um dos advogados que atuou para a CBF no acordo com o Ministério Público.
 

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Sede da CBF, no Rio de Janeiro (Reprodução)
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