Glauber Braga cita “recuo” de Hugo Motta após parar com greve de fome
Após oito dias sem comer, deputado anunciou nesta quinta-feira (17/4) o término do protesto

O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) encerrou a greve de fome que vinha fazendo em protesto contra a cassação de seu mandato. Nesta quinta-feira (17/4), sem citar o presidente da Câmara, Hugo Motta, o deputado revelou em entrevista coletiva que suspendeu a greve a partir de “uma mensagem que demonstrou através de solidariedade um recuo contra a perseguição” que estaria sofrendo.
Motta disse que dará um prazo de 60 dias até que o caso seja pautado no plenário. De acordo com o presidente da Câmara, o acordo foi debatido entre ele; a esposa de Glauber, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP); e o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ).
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“Não estou suspendendo a luta contra a responsabilização dos golpistas de plantão. A suspensão da greve de fome vem a partir de uma mensagem que demonstrou, através de toda essa solidariedade, um recuo, uma sinalização importante contra a perseguição operando. Eu estarei agora num momento de transição e recuperação em relação ao que eu posso ingerir, já estou sendo orientado. Vamos continuar tocando tudo aquilo que levou à tentativa de injustiça, mas que não se operou por conta da mobilização de vocês, muito obrigado”, disse Glauber durante a entrevista coletiva.
A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) também esteve na coletiva de imprensa realizada após o anúncio do término da greve de fome de oito dias. Para Sâmia, o presidente Hugo Motta teria se “sensibilizado” diante do grau de “exposição e injustiça” que seu marido estaria enfrentando: “Além do desgaste físico e emocional para o Glauber, ele também estava se expressando com relação à Câmara dos Deputados e acredito que o presidente [Hugo Motta] também tenha se sensibilizado. Era um grau de exposição, de injustiça e da impossibilidade de levar adiante um mandato legitimamente eleito que graças à nossa pressão foi possível uma posição ponderada de não ter uma cassação imediata”, defendeu ela.
Desde o dia 9 de abril Glauber Braga estava dormindo nas instalações da Câmara e, segundo a assessoria, tomando apenas água, soro e isotônicos. Ele teria perdido cinco quilos por conta da greve.
O parlamentar é acusado de empurrar e expulsar um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) do Congresso Nacional, em 2024. Glauber chegou a chutar o homem durante uma confusão no Salão Verde da Câmara. Após o ocorrido, o parecer no Conselho de Ética pediu a cassação do deputado.
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