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Sindicato repudia participação de Gil do Vigor em novela da Globo. Entenda!

Segundo a entidade, na tentativa de burlar a lei e evitar problemas com o Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão (Sated-RJ), Gil teria sido convidado para interpretar a si mesmo na novela "Família É Tudo"

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          A notícia da contratação de Gil do Vigor para dar vida a um fofoqueiro de TV na novela “Família É Tudo”, na Globo, mesmo não tendo registro profissional de ator, caiu como uma bomba no Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversão (Sated-RJ). Ao portal LeoDias, o presidente da instituição, o ator Hugo Gross, desabafou sobre o descontentamento de toda a classe artística diante das participações de influenciadores, sem formação na área, exercerem a profissão, mesmo sendo proibido por lei.

          Segundo a entidade, Na tentantiva de burlar a lei e evitar problemas com o Sindicato, Gil teria sido convidado para interpretar a si mesmo. Gross, no entanto, destacou que independentemente do economista ter sido convidado, ele precisaria ser ator ou pelo menos ter autorização da entidade para exercer o papel na novela. 

          Veja as fotos

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          Hugo Gross
          Patrícia Devoraes/Brazil News
          Gil do VigorPatrícia Devoraes/Brazil News
          Divulgação
          Divulgação

          “Independentemente dele ser convidado para fazer, ele não é ator, ele tem que ter pedido a autorização para ele poder fazer qualquer participação ou uma novela toda, até porque ele tem uma direção, tem uma produção em volta disso, então independentemente se ele é uma excelente pessoa que acredito que é, ele não é ator, se ele é arquiteto formado, advogado, ele não é artista, ele não é ator e não estudou para isso e para isso tem que ser cumprido a lei e infelizmente eu estava lendo que chamaram ele para burlar a lei”, afirmou o ator e diretor Hugo Gross. 

          “Eu não acredito que uma emissora, os grandes cabeças da emissora sabem disso, acredito que tem uma meia dúzia de pessoas como José Luiz Vilamarim que quer burlar sempre, isso porque eles se acham, alguns ali, os ‘reis da cocada preta’ e não querem saber, não se preocupam com a categoria e não respeitam atores como Fernanda Montenegro, o falecido Jardel Filho, Carlos Vereza, onde antigamente a direção respeitava os artistas. E essa nova direção agora não tá nem aí. ‘Tem seguidores? Vamos colocar’, e é completamente diferente o público que assiste uma novela do público que tá vendo Instagram, mas eles não querem saber, eles vão colocando”, continuou o representante sindical. 

          Hugo contou que ele e a classe artística não concordam com tal feito dentro das produções da emissora e vão lutar com unhas e dentes para que a Lei 6533/78 seja cumprida.

          “A  gente vai realmente lutar com unhas e dentes para a lei ser respeitada. Então assim, tenho a convicção plena, que a grande direção da TV Globo não sabe disso. Eles pensam: ‘Pega essas pessoas, esse nicho pequeno que se acham poderosos, para colocar e vambora, que vai dar ibope’”, declarou.

          “A gente fez várias ações extrajudiciais, eles têm que respeitar uma CCT (Convenção Coletiva de Trabalho). O que a gente vai fazer dessa vez é juntar essas ações extrajudiciais todas e fazer um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), onde eles não respeitam. Se assinam uma CCT e eles não respeitam, então eles estão assim, cagando e andando pra lei. Mas, mais uma vez, realmente não acho que seja a grande diretoria da TV Globo, mas sim esse nicho que se acha poderoso”, completou.  

          Segundo Hugo Gross, os responsáveis por convidar influenciadores sem registros para integrar os elencos das novelas são os diretores José Villamarim e Chico Accioly.

          “Eu já ouvi dizer que quem força a barra é o José Villamarim e o Chico Accioly, que não estão nem aí. Vão escalando porque acham que essa galera que tem seguidores vão fazer um mundo, vão criar expectativas e ibope. Você vê que essa novela não tá boa, a Rafa Kalimann é pisada, porque não tem experiência, mas eles querem insistir agora com mais um que não tem registro.  Então a gente vai realmente tomar providências para que isso não aconteça”, contou.

          “Eles perseguem as pessoas que levantam essa bandeira. Mas é o nosso papel, é o meu papel como presidente de uma instituição, defender a classe, defender o etarismo, defender quem está realmente largado. E é isso. Infelizmente ela está sendo cruel nesse quesito”, afirmou Gross. 

          “O desrespeito que é bem claro, é notório esse desrespeito quando ele coloca ele [o Gil do Vigor] querendo burlar a lei sindical”, finalizou.

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