Interpol atende pedido da PF e inclui Zambelli na lista de procurados internacionais
Agora, a parlamentar pode ser presa em 196 países

A Interpol atendeu nesta quinta-feira (5/06) a um pedido da Polícia Federal e incluiu o nome da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na lista de difusão vermelha, mecanismo usado para alertar autoridades de outros países sobre foragidos da Justiça. A solicitação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, após a parlamentar deixar o país e descumprir medidas judiciais. Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pelo STF e, segundo suas próprias declarações, está fora do Brasil desde a última terça-feira (3/06).
A decisão do Supremo determinou que a Polícia Federal tomasse todas as providências necessárias para viabilizar a inclusão da deputada na lista de procurados internacionais. Após a solicitação formal, o pedido foi analisado por um conselho da Interpol, sediado na cidade de Lyon, na França. De acordo com a Constituição da organização, os pedidos não podem ter motivações políticas, religiosas, raciais ou militares. Com a aprovação, autoridades ao redor do mundo podem prender Zambelli caso ela seja localizada em outro país.
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A situação da deputada se agravou após o bloqueio de seus perfis em diversas redes sociais. Moraes ordenou a suspensão de 11 contas da parlamentar, incluindo perfis no X, Facebook, Instagram, YouTube, TikTok, Telegram e LinkedIn. A decisão também atingiu familiares da deputada, como o filho João Zambelli, de 17 anos, e sua mãe, Rita Zambelli, que segundo a deputada é pré-candidata a um cargo eletivo. As plataformas notificadas tiveram um prazo de duas horas para retirar os perfis do ar. Caso não cumpram a determinação, podem ser multadas em até R$ 100 mil por dia.
Em nota enviada para o portal LeoDias por sua assessoria após a decretação de sua detenção, Carla Zambelli afirmou que a prisão preventiva determinada por Moraes é “ilegal, inconstitucional e autoritária”. Segundo o texto, a Constituição Federal só admite prisão de parlamentares em casos de flagrante e por crimes inafiançáveis, o que não se aplica ao caso da deputada. A nota também acusa Moraes de violar o devido processo legal e de ignorar a imunidade parlamentar. A defesa diz que a medida “ataca a democracia” e denuncia impactos sobre sua família.
Zambelli afirmou ainda que pretende denunciar o caso em órgãos internacionais, com o argumento de que há abuso de autoridade por parte do Supremo Tribunal Federal. “O mundo precisa saber que, no Brasil, ministros do Supremo agem como imperadores, atropelando leis, calando vozes, destruindo famílias”, disse a deputada. Enquanto isso, com o nome incluído na lista da Interpol, a parlamentar pode ser presa caso seja identificada em território estrangeiro.
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