Tarifaço de Trump provoca reação urgente de Lula e ministros do Governo Federal
Presidente convocou reunião emergencial no Planalto para discutir resposta à sobretaxa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros

Após a oficialização de uma nova tarifa de 50% sobre importações brasileiras, confirmada por Donald Trump nesta quarta-feira (30/7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiu com agilidade e convocou uma reunião de emergência com integrantes do alto escalão do governo. O encontro aconteceu no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (30/7) e teve como foco principal discutir os impactos da medida norte-americana na economia brasileira e avaliar possíveis contramedidas.
Apesar de excluir alguns itens da sobretaxa, como componentes aeronáuticos, suco de laranja, aço e derivados, a ordem executiva assinada por Trump atingirá diretamente setores importantes da exportação nacional. A nova alíquota representa um aumento de 40% em relação ao que já era cobrado, totalizando 50% de taxação sobre os produtos brasileiros vendidos nos Estados Unidos.
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Entre os presentes na reunião estavam o vice-presidente Geraldo Alckmin, que lidera as negociações com o governo americano; além dos ministros Fernando Haddad, da Fazenda; Rui Costa, da Casa Civil; Gleisi Hoffmann, de Relações Institucionais; Jorge Messias, advogado da Advocacia-Geral da União e Sidônio Palmeira, da Comunicação Social. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, está em viagem nos EUA e enviou um representante para acompanhá-lo.
Durante um evento anterior, onde sancionou a proibição de testes em animais para cosméticos, Lula afirmou que a nova agenda do dia seria a defesa da “soberania nacional” frente à decisão unilateral de Trump. “Vou me reunir ali para defender outra soberania. A soberania do povo brasileiro em função das medidas anunciadas pelo Presidente dos Estados Unidos”, disse o presidente, fazendo um paralelo entre pautas ambientais e econômicas.
Além das discussões sobre retaliações comerciais via Lei da Reciprocidade Econômica, o governo avalia mecanismos de proteção a setores exportadores prejudicados e a possíveis impactos no emprego e no PIB. O Ministério do Desenvolvimento e o Itamaraty preparam um relatório técnico com a estimativa dos danos causados à balança comercial.
O decreto americano, segundo a Casa Branca, foi uma resposta a práticas do governo brasileiro consideradas uma “ameaça incomum e extraordinária” à segurança e à economia dos EUA. O documento ainda faz menção direta ao ex-presidente Jair Bolsonaro e à sua relação com o ministro Alexandre de Moraes, do STF, alegando perseguição.
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