Nutricionista alerta para os riscos do uso de IA para orientações nutricionais
Apesar de acessível e prática, IA não substitui avaliação clínica feita por nutricionistas humanos

A inteligência artificial (IA) vem revolucionando diversas áreas da saúde, incluindo a nutrição, com promessas de atendimento 24h, baixo custo e respostas instantâneas. No entanto, o uso de chats e algoritmos para orientação nutricional apresenta riscos que exigem cautela.
Segundo a nutricionista e colunista do portal LeoDias, Adriane Dias, embora os chats de IA sejam úteis em determinadas situações, confiar exclusivamente nessas ferramentas para decisões sobre saúde pode colocar o bem-estar em risco. Entre os principais problemas apontados está a falta de personalização nas orientações oferecidas. Como os algoritmos trabalham com dados genéricos, muitas vezes ignoram condições individuais, como doenças pré-existentes, alergias, intolerâncias ou interações medicamentosas.
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Outro ponto de atenção é o uso de fontes não validadas por especialistas, o que pode resultar em conselhos perigosos ou dietas desequilibradas. Em alguns casos, a IA pode sugerir restrições alimentares severas sem qualquer acompanhamento clínico, aumentando o risco de deficiências nutricionais e até o desenvolvimento de transtornos alimentares.
Além disso, há quem confie cegamente na tecnologia, deixando de buscar avaliação profissional. Essa falsa sensação de segurança pode levar ao abandono de exames de rotina e à negligência de aspectos importantes da saúde.
Apesar dos riscos, a IA pode sim desempenhar um papel positivo na nutrição, desde que utilizada com critério. Adriane Dias defende que essas ferramentas devem servir como apoio educativo e complemento ao atendimento humano, nunca como substituto. A tecnologia pode ajudar a decifrar rótulos de alimentos, sugerir receitas saudáveis e explicar conceitos básicos de nutrição. Mas é essencial que todas as informações sejam validadas por nutricionistas qualificados.
O ideal, segundo a Sociedade Brasileira de Nutrição (SBN) e o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), é que o uso da IA ocorra de forma integrada ao acompanhamento profissional. Dessa maneira, os usuários podem se beneficiar da praticidade das novas tecnologias sem abrir mão da segurança e da empatia que só um atendimento humano é capaz de oferecer.
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