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Com “clima hostil” contra o Galo, River quer acabar com hegemonia brasileira na Libertadores

O clube argentino é o principal candidato a quebrar a sequência de títulos brasileiros na Libertadores

          O Atlético-MG receberá o River Plate nesta terça-feira (22/10) em solo mineiro para o primeiro jogo das semifinais da Libertadores. Com contratações de peso para a temporada, o time argentino almeja afastar o “fantasma” dos maus resultados contra clubes brasileiros, buscando quebrar a hegemonia tupiniquim que vem desde 2019 na competição sul-americana.

          O River contratou dois jogadores campeões mundiais com a Argentina em 2022, o zagueiro Germán Pezzella e o lateral/volante Marcos Acuña, além do técnico multicampeão Marcelo Gallardo, que estreou em 10 de agosto. 

          Pela Libertadores, o novo comandante está invicto, com duas vitórias sobre o Talleres (ARG) nas oitavas de final e um empate e uma vitória que classificou os argentinos nas quartas de final, sobre o Colo-Colo (CHI).

          Veja as fotos

          Deyverson marcou os dois gols da classificação do Atlético-MG às semifinais da Libertadores (AFP)
          Deyverson marcou os dois gols da classificação do Atlético-MG às semifinais da Libertadores (AFP)
          Atlético-MG venceu o San Lorenzo (ARG) com gol de Battaglia e se classificou para as quartas de final da Libertadores (Fernando Moreno/AGIF)
          Atlético-MG venceu o San Lorenzo (ARG) com gol de Battaglia e se classificou para as quartas de final da Libertadores (Fernando Moreno/AGIF)
          O River Plate eliminou o Colo-Colo nas quartas de final da Libertadores (AFP)
          O River Plate eliminou o Colo-Colo nas quartas de final da Libertadores (AFP)
          Monumental de Nuñez, estádio do River Plate e palco da final da Libertadores em 2024 (Reprodução)
          Monumental de Nuñez, estádio do River Plate e palco da final da Libertadores em 2024 (Reprodução)

          Duelo hostil

          Na véspera do duelo decisivo contra o River Plate (ARG), o Galo promoveu mudanças na Arena MRV para causar um “clima macabro” para os visitantes. A expectativa com as mudanças é causar um clima hostil aos adversários desde a chegada, aumentando a pressão para a hora do jogo.

          O Atlético-MG convidou artistas para que promovessem mudanças por meio de grafites. Em vídeo publicado pelo clube mineiro nas redes sociais, as paredes agora estão com imagens amedrontadoras do mascote “Galo Doido”, além de registros dos torcedores na famosa “rua de fogo” feita pela torcida antes das partidas.

          O trunfo do River Plate para combater a hostilidade em Minas Gerais é também o seu estádio, onde ocorrerá o jogo de volta da semifinal e também será o palco da final da Libertadores.

          Apesar de estar invicto na Libertadores, o River vem de uma sequência ruim no Campeonato Argentino: são seis empates, duas vitórias e uma derrota. O time argentino vem de empate com o líder Vélez, tem 26 pontos e está a 11 pontos da liderança, faltando nove rodadas para o fim – fora da zona de classificação para a Libertadores do ano que vem.

          Fantasma brasileiro

          O River Plate foi campeão da Libertadores por quatro vezes, sendo a última em 2018. Desde então, o clube argentino é presença frequente no mata-mata da competição, mas foram justamente os brasileiros que derrubaram o sonho do pentacampeonato.

          Em 2019, o River chegou a final contra o Flamengo, em um jogo histórico disputado no estádio Monumental, no Peru. Os argentinos saíram na frente logo aos 14 minutos, com gol de Borré, e caminhavam para a conquista, até que Gabigol surgiu já nos acréscimos e no espaço de três minutos marcou dois gols, garantindo o bicampeonato da América ao rubro-negro depois de 28 anos da primeira taça.

          A freguesia brasileira continuou assombrando o River Plate nos anos seguintes. Em 2020, com a pandemia fazendo com que as partidas fossem disputadas com portões fechados, o time argentino foi eliminado pelo Palmeiras, na semifinal, depois de perder por 3 a 0 em casa – até venceu por 2 a 0 no Allianz Parque, mas não conseguiu evitar a eliminação.

          No ano seguinte, novamente com portões fechados, o River voltou a tomar um “vareio” de bola de um brasileiro. Dessa vez, contra o adversário da noite desta terça. 

          Nas quartas de final da Libertadores de 2021, o Atlético-MG venceu as duas partidas sobre o River, com 1 a 0 no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, e 3 a 0 em Minas Gerais. 

          Não termina aí, o River Plate foi novamente “maltratado” pelos brasileiros na Libertadores de 2023, e dessa vez começou logo na fase de grupos. Jogando no Maracanã, o time argentino perdeu por 5 a 1 para o Fluminense, que viria a ser o campeão da competição sul-americana. Nas oitavas de final, o Internacional despachou os “hermanos” na disputa por pênaltis.

          O Brasil faturou as últimas cinco edições da Libertadores – Flamengo e Palmeiras (duas vezes) e Fluminense -, sendo que em apenas duas finais não houveram dois brasileiros na disputa da decisão: River Plate (2019) e Boca Juniors (2023).

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