Renato Gaúcho vê Seleção como meta e desaprova provocação de Raphinha

Sem clube desde o término da última temporada, quando deixou o Grêmio, Renato Gaúcho reafirmou seu desejo de um dia assumir a seleção brasileira. Em entrevista exclusiva à ESPN, concedida nesta quarta-feira (26/3), no Rio de Janeiro, o treinador afirmou que o sonho permanece vivo e que considera a seleção como o ápice para qualquer profissional da área.

“Sim, (o sonho de assumir a seleção) continua. O treinador, independente de quem quer que seja, tem que ter o sonho de treinar a seleção brasileira desde que ele se garanta”, disse Renato. O técnico ainda relembrou sua trajetória como atleta e ressaltou que sempre buscou objetivos ambiciosos. “Quando eu era jogador e cheguei no Grêmio, tinha o sonho de chegar na seleção. No ano seguinte, cheguei e lá fiquei por 10 anos. Então é preciso sonhar grande”, acrescentou.

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Ao longo da conversa, Renato destacou que seus trabalhos em clubes sempre foram pensados para, além de títulos, mantê-lo entre os possíveis nomes para a seleção. “Como treinador, tem que pensar em chegar à seleção, que é o máximo do futebol brasileiro. Se eu vou chegar um dia, não sei, mas por que eu vou falar que não tenho esse sonho? Quando faço os trabalhos nos clubes, é para ganhar títulos e ser lembrado para a seleção brasileira”, afirmou.

Ciente de que a escolha do treinador da seleção passa por diversos fatores, Renato reforçou que seguirá fazendo sua parte enquanto profissional. “A minha parte eu procuro fazer. Se um dia eu chegar, ótimo, vou realizar meu sonho. Se eu não for, tudo bem, o que vou fazer? Agora, o pensamento e sonho de treinar a seleção eu vou ter sempre”, completou.

Durante a entrevista, o treinador também destacou a importância de um histórico vencedor para ser lembrado na disputa pelo cargo. “Todo dia a gente aprende alguma coisa, mas esses anos me ensinaram. O melhor resultado é meu currículo como treinador. Procuro ganhar títulos e fazer bons trabalhos, o que é obrigação de qualquer treinador”, pontuou. “Como se chega na seleção? Fazendo grandes trabalhos e ganhando títulos. Por isso que eu falo: a minha parte eu faço. Se eu tiver oportunidade, ótimo. Se não chegar, vou continuar tendo esse sonho”, concluiu.

Além de falar sobre o futuro da seleção, Renato também comentou a declaração polêmica de Raphinha antes do clássico contra a Argentina, em que o atacante disse que os brasileiros iriam “dar porrada dentro e fora de campo”. A frase repercutiu negativamente, inclusive entre jogadores da equipe rival, que consideraram o discurso como motivação para o jogo.

“É a rivalidade. De repente ele colocou algumas palavras que pode ter se arrependido depois. Uma coisa é o que o Romário fazia, o Túlio, o Edmundo, eu. A gente promovia os grandes clássicos, mas não em termos de violência”, opinou o técnico.

Renato destacou que declarações como essa, além de motivarem o adversário, podem influenciar na condução da arbitragem. “É uma coisa pesada o que ele falou, que tem que ser na ‘porrada’. Não é por aí, principalmente se tratando de um clássico. Você deixa o árbitro com uma desconfiança grande, motiva o adversário. Tem que saber usar as palavras”, completou.