Polícia da Venezuela exclui postagem de ameaça a Lula após Itamaraty se pronunciar
Tensão entre os dois países acontece após Brasil ser contra a entrada da Venezuela no BRICS
A conta do Instagram da Polícia Nacional Bolivariana da Venezuela excluiu a publicação da silhueta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a bandeira do Brasil sob a frase: “Quem mexe com a Venezuela se dá mal“. A publicação foi apagada na sexta-feira (1º/11) após o Palácio do Itamaraty emitir uma nota para contrapor às declarações do país regido por Nicolás Maduro.
“Nossa pátria é independente, livre e soberana. Não aceitamos chantagem de ninguém, não somos colônia de ninguém. Estamos destinados a vencer”, afirmava a legenda feita pela Polícia, usando uma foto de Lula com o rosto tampado e a bandeira do Brasil.
Veja as fotos
O Itamaraty retrucou: “A opção por ataques pessoais e escaladas retóricas, em substituição aos canais políticos e diplomáticos, não corresponde à forma respeitosa com que o governo brasileiro trata a Venezuela e o seu povo. O Brasil sempre teve muito apreço ao princípio da não-intervenção e respeita plenamente a soberania de cada país e em especial a de seus vizinhos. O interesse do governo brasileiro sobre o processo eleitoral venezuelano decorre, entre outros fatores, da condição de testemunha dos Acordos de Barbados, para o qual foi convidado, assim como para o acompanhamento do pleito de 28 de julho. O governo brasileiro segue convicto de que parcerias devem ser baseadas no diálogo franco, no respeito às diferenças e no entendimento mútuo”.
A publicação ocorre poucos dias após o veto do Brasil a entrada da Venezuela no BRICS, grupo que tem ainda Rússia, Índia, China e África do Sul como países principais e agravou ainda mais a crise diplomática entre os países sul-americanos.
Na cúpula de Kazan, realizada nos dias 22 e 24 de outubro, foi debatido entre os membros do BRICS a entrada de novos países para o grupo econômico e a Venezuela, apoiada por Rússia e China – membros destaque – surgiu como candidata, mas não foi aprovada e um dos votos contrários foi brasileiro.
O governo venezuelano criticou o Brasil e chamou o veto brasileiro à entrada do país como “agressão inexplicável” e chegou a comparar o governo de Lula ao ex-presidente Bolsonaro, afirmando que o líder petista “reproduz o ódio” do antecessor do PL.
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