Com atentado, Donald Trump fica mais perto da Casa Branca do que nunca
Ex-presidente sofreu atentado no sábado (13/7) durante comício na Pensilvânia que quase lhe tirou a vida.
A eleição para a Casa Branca toma contornos ainda mais fortes depois da tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump. Ele, que vinha cada vez mais acumulando vitórias em sua campanha, agora passará a figurar mais ainda como herói nacional, principalmente se comparado com seu principal oponente, o atual presidente Joe Biden, que enfrenta um desgaste imenso em sua campanha desde o 1º debate presidencial, onde suas capacidades cognitivas e mentais para continuar como presidente dos Estados Unidos foram questionadas, inclusive por membros da alta cúpula de seu partido, os Democratas. A análise foi feita pelo cientista político Horácio Lessa Ramalho.
Donald Trump já pontuava numericamente à frente de Joe Biden em pesquisas nacionais, mas principalmente nos swings states, que são os estados que tradicionalmente não votam em nenhum dos 2 partidos, são os estados que acabam definindo a eleição nos Estados Unidos. Por exemplo, a Califórnia e Nova York tendem sempre a votar nos democratas, já Texas e Montana nos Republicanos, a Flórida e Wisconsin podem mudar de uma eleição para outra e tradicionalmente terem votações apertadas, com isso sendo decisivo para o colégio eleitoral.
Para ser eleito presidente dos Estados Unidos não é necessariamente preciso ter mais votos totais que o oponente e sim no colégio eleitoral que são definidos por delegados em cada estado, vence quem fizer mais de 270 delegados em 538.
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Em uma saga que envolveu uma verdadeira batalha jurídica para retornar a Casa Branca quatro anos após perder a reeleição para Joe Biden, Donald Trump caminha para um verdadeiro triunfo, digno de uma série ou filme. Após perder foi dado praticamente como morto politicamente, justamente por uma série de fatos pós-eleições de 2020, que culminaram na invasão ao congresso americano antes da posse de Joe Biden em janeiro de 2021. Entretanto ganhou na suprema corte americana uma sequência de processos que lhe garantiu uma confortável posição até o momento, mas que ganhará mais forças ainda após a sua tentativa de assassinato.
O governo de Joe Biden desde o seu início acumulou grande rejeição, os índices de desemprego, juros e inflação subiram em níveis muito altos, gerando uma baixíssima aprovação popular. Para completar, a saída do Afeganistão, guerras na Ucrânia e Israel pioraram ainda mais sua rejeição quando o assunto política externa é tratado. Apesar da leve melhora nos indicadores econômicos nos últimos meses, a grande maioria da população ainda sente os efeitos da crise.
Até 05 de novembro, data da eleição, muita coisa pode mudar, principalmente na campanha dos democratas, pois há um incômodo grande com as capacidades de Joe Biden. Pode ser que até a convenção do partido, marcada para o final de agosto, Joe Biden desista e passe para sua vice-presidente Kamala Harris o bastão. Hoje isso se avalia como pouco provável, mas não impossível, o que seria um fato novo e poderia mudar o curso da eleição, mas ao que tudo indica, Donald Trump caminha para um retorno brilhante para a Casa Branca. Goste-se dele ou não, devemos reconhecer a resiliência do ex-presidente, ainda mais agora com uma imagem de sobrevivente forte e vigoroso.
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