Justiça libera mais 4 torcedores do Peñarol e os impedem de deixar o Brasil
Decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro altera prisões preventivas para medidas cautelares; apenas 6 permanecem presos
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro anunciou a liberação de mais quatro torcedores do Peñarol, que estavam detidos desde o dia 23 de outubro, após os tumultos ocorridos na praia do Recreio, na Zona Oeste do Rio, horas antes da partida contra o Botafogo, pelas semifinais da Libertadores.
Com essa decisão, apenas seis torcedores permanecem presos no Complexo de Gericinó, em Bangu.
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Os torcedores liberados não poderão deixar o Brasil até o julgamento e deverão usar tornozeleiras eletrônicas.
Além disso, terão que comparecer ao Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos a cada dois meses para comprovar residência e atividades. Na semana anterior, outros dez torcedores já haviam recebido a mesma sentença.
Um menor de idade, que estava detido no Degase (Departamento Geral de Ações Socioeducativas), terá que cumprir medidas socioeducativas em seu país natal, Uruguai.
Lembre o caso
Os eventos que levaram às prisões transformaram a orla do Recreio em uma verdadeira praça de guerra.
Os torcedores uruguaios, presentes no Rio para a partida, saquearam quiosques e uma padaria, atearam fogo em motos, depredaram carros e entraram em confronto com banhistas e policiais, utilizando pedras, mesas, cadeiras e até um revólver.
Um dos ônibus da torcida também foi incendiado, e o Corpo de Bombeiros foi acionado para conter as chamas.
No total, 283 pessoas foram detidas após a intervenção do Batalhão de Choque. Durante a audiência de custódia, a Justiça converteu para preventiva a prisão de 21 torcedores, que respondem a diversos crimes, incluindo porte de arma, racismo, roubo, associação criminosa, incêndio, dano qualificado e resistência à prisão, além de infrações previstas no Estatuto do Torcedor.
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