Múcio faz defesa às vésperas de julgamento do STF sobre suposto golpe de Estado
Convidado para um almoço com empresários do grupo Lide, o ministro da Defesa reforçou confiança na Justiça e no Legislativo

Durante um encontro nesta segunda-feira (5/5) com empresários do grupo Lide, em São Paulo, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, declarou torcer para a resolução rápida das investigações sobre o suposto golpe de Estado em 2022. Nesta terça-feira (6/5), acontece o novo julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) para transformar ou não em réus os acusados por envolvimento na trama golpista.
O papel das Forças Armadas nos episódios antidemocráticos é questionado. Segundo Múcio, o desejo é, segundo ele, voltar ao “sentimento de normalidade e trabalhar sem a aura, a nuvem da suspeição, que atinge a muitos, mas só alguns poucos são os responsáveis”, em referência aos acusados.
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Ao mesmo tempo em que o ministro quer virar a página do 8 de janeiro, ele reforçou o respeito às decisões do STF: “O que a Justiça definir, o que o Legislativo decidir, nós respeitamos. Evidentemente que o militar lamenta muito quando vê um colega indiciado”. Múcio disse, inclusive, que riscou o 8 de janeiro de todos os seus calendários.
Segundo o ministro, muitos integrantes das Forças Armadas desejam que a verdade venha à tona justamente para separar os que erraram da grande maioria que segue comprometida com o país.
Múcio também se manifestou sobre a possibilidade de ser chamado a depor como testemunha no STF, após ser citado pela defesa do ex-ministro Paulo Sérgio Nogueira. “Se for chamado, irei. Tudo oficial, à luz do dia. Ninguém pode me chamar para segredo nenhum porque eu conto. Então sou salvo por isso”, garantiu.
Durante o almoço, o ministro criticou a falta de investimentos estratégicos nas Forças Armadas. Diante dos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica presentes no evento, ele comparou a situação brasileira ao cenário global: “O mundo inteiro está se armando. […] E se todo mundo usar essas armas que foram compradas? A arma mais importante do mundo passou a ser a diplomacia. Só dois países importantes, nesses últimos anos, não investiram em Defesa. O Irã e, por incrível que pareça, nós”, disse ele.
Para Múcio, a solução passa pela aprovação da chamada PEC da Previsibilidade, proposta que busca garantir percentuais fixos do orçamento para a área de Defesa, nos moldes do que já acontece com Saúde e Educação.
O que será julgado nesta terça-feira (6/5) pelo STF
A Primeira Turma do STF decidirá se aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o grupo conhecido como “núcleo 4” da trama golpista. São cinco militares e dois civis acusados de espalhar desinformação sobre as eleições, atacar instituições e tentar abolir o Estado Democrático de Direito.
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