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Brasil denuncia uso político de tarifas na OMC e recebe apoio de dezenas de países

Em pronunciamento firme na OMC, embaixador Philip Fox-Drummond Gough criticou medidas comerciais usadas como instrumento de pressão política

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          Durante sessão realizada nesta quarta-feira (23/7) em Genebra, na Suíça, o Brasil lançou críticas contundentes ao uso de tarifas como mecanismo de coerção internacional. Sem mencionar diretamente os Estados Unidos ou o presidente Donald Trump, o representante brasileiro, embaixador Philip Fox-Drummond Gough, condenou as sanções econômicas unilaterais e alertou para o impacto destrutivo dessas práticas nas cadeias globais de valor e na estabilidade mundial. A fala recebeu apoio de cerca de 40 nações, incluindo países do Brics, União Europeia e Canadá.

          De acordo com Gough, que falou em nome do Itamaraty no Conselho Geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), as tarifas “anunciadas de forma caótica” estão promovendo rupturas econômicas e podem desencadear uma espiral global de inflação e estagnação. Segundo ele, a instrumentalização de medidas comerciais para interferir em assuntos internos de outros países representa uma violação grave dos pilares da OMC.

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          Foto: AFP
          Sede da Organização Mundial do Comércio (OMC)Foto: AFP
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          O presidente Donald TrumpReprodução: CNN
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          "Eles não voltarão", diz Lula sobre aliados de Bolsonaro e admite nova candidatura em 2026Reprodução: Agência Brasil
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          Donald TrumpReprodução: YouTube
          Foto: Agência Brasil
          Luiz Inácio Lula da SilvaFoto: Agência Brasil

          “Infelizmente estamos testemunhando um ataque sem precedentes ao sistema multilateral de comércio e à credibilidade da OMC. As negociações baseadas em jogos de poder são um atalho perigoso para a instabilidade e a guerra.”, declarou o embaixador.

          A manifestação aconteceu a poucos dias da entrada em vigor de uma nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada por Trump no início de julho. O aumento das taxas foi interpretado em Brasília como uma retaliação indireta à condução do processo judicial do ex-presidente Jair Bolsonaro. Para o Itamaraty, há risco de quebra da soberania nacional.

          Gough frisou que o Brasil segue comprometido com o diálogo diplomático, mas que tomará medidas formais se as conversas fracassarem. “Se as negociações falharem, recorreremos a todos os meios legais disponíveis para defender nossa economia e nosso povo; e isso inclui o sistema de solução de controvérsias da OMC”, afirmou.

          A diplomacia brasileira também sinalizou que poderá aplicar sanções espelhadas, com base na Lei da Reciprocidade Econômica, autorizando retaliações contra países que imponham barreiras comerciais ou políticas injustificadas.

          Estados Unidos responde indiretamente

          Ainda que o Brasil tenha evitado citar diretamente Washington, a delegação dos Estados Unidos respondeu à altura, também sem mencionar o país sul-americano. Os representantes norte-americanos disseram estar preocupados com a concorrência desleal por parte de países que não cumprem as obrigações pactuadas com a OMC, defendendo a legitimidade das novas tarifas.

          Enquanto isso, o governo dos EUA prossegue firmando acordos bilaterais para suavizar os impactos das medidas sobre aliados estratégicos. Já fecharam acordos de redução tarifária com Japão, Filipinas, Reino Unido, Vietnã, Indonésia e China.

          Multilateralismo em risco

          No discurso, o Brasil alertou que as negociações comerciais estão se transformando em “jogos de poder”, o que pode levar à fragmentação do sistema. Gough enfatizou que o multilateralismo precisa ser preservado como único caminho para resolver impasses econômicos globais de forma pacífica.

          O presidente Lula, que acompanha o caso de perto, já declarou que o Brasil não aceitará ameaças à sua soberania e, se necessário, adotará medidas equivalentes. O recurso à OMC, mesmo diante das limitações atuais do órgão, é visto como um gesto político importante de defesa dos interesses nacionais e a uma ordem econômica internacional baseada em regras.

          A tarifa de 50% sobre produtos brasileiros como carnes, grãos e aço poderá entrar em vigor no próximo dia 1º de agosto, se nenhuma solução for encontrada. Ao mesmo tempo, a decisão dos EUA ameaça escalar tensões comerciais com outros parceiros, especialmente com Canadá e União Europeia, que também consideram medidas de retaliação.

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