Lula e Bolsonaro empatam no 1º turno, mas petista venceria no 2º, diz pesquisa
Levantamento mostra estabilidade no cenário eleitoral de 2026 e leve vantagem de Lula nas simulações finais

A nova rodada da pesquisa Latam Pulse, realizada pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg, traz os primeiros dados consolidados de intenção de voto para as eleições presidenciais de 2026. Os números confirmam o clima de polarização: Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro seguem empatados no primeiro turno, mas o petista aparece à frente nas simulações de segundo turno, com vantagem consistente sobre os principais nomes da oposição.
De acordo com o cenário estimulado do primeiro turno, Lula tem 35,4% das intenções de voto, contra 34,8% de Bolsonaro, uma diferença dentro da margem de erro de 1 ponto percentual. Os demais candidatos aparecem bem atrás: Ciro Gomes com 7,5%, Michelle Bolsonaro com 5,2%, Simone Tebet com 4,6% e Tarcísio de Freitas com 3,9%. Outros nomes, como Guilherme Boulos e Eduardo Leite, pontuam abaixo de 2%.
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Apesar do empate técnico, os dados revelam tendência de consolidação das bases eleitorais de Lula e Bolsonaro. Enquanto o ex-presidente tem maioria entre os homens, evangélicos e moradores das regiões Sul e Centro-Oeste, o atual chefe do Executivo lidera entre mulheres, jovens, eleitores de baixa renda e no Nordeste.
Lula lidera todos os cenários de segundo turno
Nas simulações de segundo turno, Lula vence todos os adversários testados. Contra Jair Bolsonaro, o petista aparece com 52,1% dos votos válidos, contra 47,9% do rival, uma diferença de 4,2 pontos percentuais. O índice é considerado relevante, ainda que apertado, e confirma a recuperação de imagem do presidente, que nos primeiros meses do ano aparecia tecnicamente atrás.
O desempenho de Lula é ainda mais folgado contra outros concorrentes: venceria Tarcísio de Freitas por 54,7% a 45,3%, e superaria Michelle Bolsonaro com 56,8% contra 43,2%. A única simulação com possibilidade de empate técnico no segundo turno ocorre em um eventual confronto com Ciro Gomes, onde Lula venceria por margem mínima: 50,9% a 49,1%.
“Terceira via” derrete e Bolsonaro lidera rejeição
Os dados também indicam dificuldades para alternativas ao lulismo e ao bolsonarismo. A chamada terceira via não decola: Ciro Gomes, Simone Tebet e Eduardo Leite somados não chegam a 20% no primeiro turno. A rejeição alta e a baixa identificação partidária dos nomes testados contribuem para o desempenho tímido.
Entre os eleitores que afirmam não votar “de jeito nenhum” em determinado candidato, Bolsonaro lidera o índice de rejeição com 48%, seguido por Ciro Gomes (37%) e Lula (35%). Ainda assim, o petista mostra resiliência ao converter rejeição mais baixa em vantagem eleitoral no segundo turno.
Conjuntura política pesa no cenário
A leve vantagem de Lula nas projeções ocorre num momento em que a aprovação do presidente voltou a subir, ultrapassando numericamente a desaprovação pela primeira vez em 2025. A crise diplomática com os Estados Unidos, alimentada pela aliança entre Donald Trump e Jair Bolsonaro, também impactou a percepção do eleitorado, especialmente após o anúncio do tarifaço americano sobre produtos brasileiros.
A postura de Lula diante do episódio repercutiu bem entre os eleitores mais críticos à influência internacional nos assuntos internos do Brasil.
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