Dia Nacional do Diabetes: a alimentação vai muito além de “retirar o açúcar”
Mais de 16 milhões de brasileiros convivem com a condição, muitas vezes sem diagnóstico; alimentação equilibrada e informação são aliados fundamentais no controle da doença

Diabetes no Brasil: um problema de saúde pública que só cresce. O Brasil é o 6º país com mais pessoas com diabetes no mundo. De acordo com dados do Atlas da Federação Internacional de Diabetes (IDF), mais de 16,6 milhões de brasileiros entre 20 e 79 anos vivem com a condição, o que representa cerca de 10,2% da população adulta, isso em 2024. Somado a isso, a diabetes pode ser uma doença silenciosa, dessa forma muitas pessoas estão hoje convivendo com a doença sem saber.
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Entendendo o básico: o que é diabetes?
- Existem diferentes tipos de diabetes, e cada um tem suas particularidades — inclusive na alimentação:
- Diabetes Tipo 1: Doença autoimune que leva à destruição das células produtoras de insulina no pâncreas. Exige insulina desde o diagnóstico.
- Diabetes Tipo 2: Mais comum, associada ao estilo de vida e resistência à insulina. Pode ser controlada com alimentação, atividade física, medicamentos orais e, em alguns casos, insulina.
- Diabetes Gestacional: Surge durante a gravidez, com risco aumentado de complicações para mãe e bebê se não for controlado.
- Diabetes LADA (Diabetes Autoimune Latente do Adulto): Começa na vida adulta e se parece com o tipo 2, mas é autoimune como o tipo 1. Pode progredir mais lentamente.
- Diabetes MODY (Maturity Onset Diabetes of the Young): Tipo raro e hereditário, causado por mutações genéticas.
Cada tipo demanda um plano alimentar individualizado, mas todos se beneficiam de um ponto em comum: o controle da glicemia.
Diabético pode comer açúcar? A resposta é: depende
Uma das maiores falácias sobre o diabetes é que a pessoa nunca mais poderá comer açúcar.
Quem tem diabetes pode consumir açúcar, sim, o segredo está na dose, no contexto da refeição e na forma de controle.
No entanto, é essencial lembrar que açúcar refinado não é o único vilão da glicemia. Alimentos ultraprocessados, sucos industrializados, farinhas brancas, doces “fit” cheios de xilitol ou maltodextrina… todos eles podem causar picos de glicose, mesmo sem conter “açúcar” no rótulo.
O papel das fibras, proteínas e gorduras no controle da glicemia
Além da contagem de carboidratos, há outras estratégias nutricionais fundamentais:
- Fibras (encontradas em vegetais, frutas com casca, grãos integrais e leguminosas) atrasam a digestão do carboidrato, promovendo um aumento mais lento da glicose.
- Proteínas e gorduras boas (azeite, castanhas, abacate, sementes) também retardam o esvaziamento gástrico, o que modula a resposta glicêmica.
Isso significa que um pão branco sozinho vai ter um efeito glicêmico muito maior do que quando consumido com ovos, abacate ou farelo de aveia.
Comer bem não é sinônimo de cortar tudo, é aprender sobre equilíbrio. O tratamento nutricional no diabetes não precisa (e nem deve!) ser uma sentença de restrição. A ideia de que a alimentação de uma pessoa com diabetes é “chata” está ultrapassada.
Hoje, sabemos que qualidade, quantidade e combinação dos alimentos importam e que o acompanhamento profissional (nutricionista, endocrinologista, educador físico) faz toda a diferença.
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