Acusada de ser “ex-garota de programa”, Michelle Bolsonaro entra com ação na Justiça Mãe de Virginia se pronuncia após curtidas em posts criticando separação Família de brasileira que morreu na Indonésia soube da autópsia pela imprensa: “Absurdo”
Acusada de ser “ex-garota de programa”, Michelle Bolsonaro entra com ação na Justiça Mãe de Virginia se pronuncia após curtidas em posts criticando separação Família de brasileira que morreu na Indonésia soube da autópsia pela imprensa: “Absurdo”

Após racismo e detenção, STJD determina suspensão de jogador do América-MG

Caso gerou interrupção de jogo, prisão em flagrante e agora afastamento da Série B

Whatsapp telegram facebook twitter

          O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) suspendeu preventivamente o meia-atacante Miguelito, do América-MG, acusado de injúria racial contra o atacante Allano, do Operário-PR, em partida válida pela sexta rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, no último domingo (5/5). A decisão foi publicada nesta terça-feira (6/5), dois dias após o episódio que resultou na prisão do jogador boliviano em flagrante.

          A medida cautelar foi tomada após a Procuradoria do STJD apresentar denúncia na manhã desta terça. No despacho, o presidente do tribunal, Luís Otávio Veríssimo Teixeira, justificou a suspensão com base na gravidade dos fatos: “A suspensão preventiva não configura antecipação de pena, mas sim um instrumento cautelar adequado, proporcional e necessário à preservação da moralidade e da credibilidade da competição em que se desenvolveram os fatos.”

          Veja as fotos

          Reprodução/x
          Reprodução/x
          Reprodução/x
          Reprodução/x
          Reprodução/x
          Reprodução/x
          Reprodução/x
          Reprodução/x

          Com isso, Miguelito está impedido de atuar pelo América-MG até o julgamento da denúncia, que ainda não tem data marcada. O atleta foi denunciado com base no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de atos discriminatórios relacionados à raça, etnia, sexo ou deficiência. A pena prevista é de suspensão de cinco a dez partidas e multa de até R$ 100 mil.

          O clube mineiro também foi enquadrado no mesmo artigo. Caso a denúncia seja acatada, o América-MG pode ser punido com perda de pontos, perda de mando de campo e obrigação de implementar políticas preventivas contra o racismo.

          Prisão em flagrante

          A denúncia foi feita ainda durante a partida entre Operário e América-MG, disputada em Ponta Grossa (PR). Aos 30 minutos do primeiro tempo, após uma falta a favor do time paranaense, Miguelito teria proferido a frase “preto do ***” contra Allano. O árbitro Alisson Sidnei Furtado foi alertado pelo jogador e pelo capitão do Operário, Jacy, que teria presenciado a ofensa.

          Seguindo o protocolo antirracismo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o árbitro interrompeu a partida por cerca de 15 minutos, cruzando os braços em forma de “X” para sinalizar a paralisação. O caso foi registrado na súmula da arbitragem e imediatamente comunicado às autoridades locais.

          Após o apito final, Miguelito foi conduzido à delegacia, prestou depoimento e foi preso em flagrante, com base na Lei nº 7.716/89, que trata de crimes resultantes de preconceito racial. O jogador passou a madrugada detido na 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa e recebeu liberdade provisória na manhã de segunda-feira (6/5). O Ministério Público do Paraná (MPPR)  ainda avalia se há elementos para oferecer denúncia formal, o que daria início a uma ação penal. A pena prevista na legislação brasileira pode chegar a até cinco anos de reclusão.

          A Polícia Civil solicitou imagens complementares de outros ângulos da partida para embasar a investigação, que deve ser concluída nos próximos dias.

          Declarações e repercussão

          O atacante Allano, do Operário, se pronunciou publicamente sobre o episódio de injúria racial e lamentou que o futebol siga sendo palco de ofensas discriminatórias. Ele ressaltou a dor causada pelo ataque e a necessidade de não silenciar diante do racismo: “Ser ofendido pela cor da minha pele é algo doloroso, revoltante e, acima de tudo, inaceitável”, ponderou. O jogador também agradeceu o apoio do clube, companheiros e familiares, e afirmou que seguirá lutando por Justiça.

          Já a Federação Boliviana de Futebol (FBF) divulgou nota oficial prestando apoio institucional ao meia-atacante do América-MG, Miguelito, e defendendo o respeito ao devido processo legal. A entidade destacou que o presidente Fernando Costa entrou em contato com a família do jogador e articulou ações com o consulado boliviano. “Reafirmamos nossa confiança no respeito ao devido processo legal, ao direito à defesa e à presunção de inocência.”

          Por fim, a FBF reiterou seu compromisso com o combate ao racismo e à violência no esporte, alinhando-se às diretrizes da FIFA e da CONMEBOL. Em nota, reforçou que acompanha o caso de perto e espera que os fatos sejam apurados conforme a legislação vigente: “Reafirmamos nosso firme compromisso com a luta contra toda forma de discriminação, racismo ou violência, tanto dentro quanto fora dos campos de jogo.”

          Carreira e contexto

          Revelado nas categorias de base do Santos, Miguelito é considerado uma das principais promessas da Bolívia. Com apenas 20 anos, acumula 22 partidas e seis gols pela seleção principal, sendo o atual vice-artilheiro das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.

          Transforme seu sonho com a força do esporte. Aposte agora naVivaSorte! Acesse: https://go.aff.afiliados.vivasortebet.com/leodias

          Fique por dentro!

          Para ficar por dentro de tudo sobre o universo dos famosos e do entretenimento siga @leodias no Instagram.

          Agora também estamos no WhatsApp! Clique aqui e receba todas as notícias e conteúdos exclusivos em primeira mão.

          Whatsapp telegram facebook twitter