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Árbitro perde na Justiça e dono do Botafogo mantém posts com denúncias de manipulação

O árbitro Rafael Traci moveu ação em julho contra o dirigente estadunidense, que obteve vitória na Justiça

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          John Textor, gestor do Botafogo, conseguiu uma vitória parcial na Justiça. A juíza Bruna Richa Cavalcanti de Albuquerque, da 4ª Vara Cível de Curitiba, negou liminar movida pelo árbitro Rafael Traci, que cobrava R$ 100 mil de danos morais por acusações de manipulação feitas pelo dirigente.

          A ação movida em julho é por danos morais, pelo episódio em que John Textor acusou manipulação do VAR na partida entre Botafogo e Palmeiras, pelo Brasileirão do ano passado – na ocasião, Traci era o árbitro de vídeo.

          Veja as fotos

          John Textor comemorou a vitória do Botafogo sobre o Palmeiras e buscou baixar a tensão com Leila Pereira (Reprodução)
          John Textor comemorou a vitória do Botafogo sobre o Palmeiras e buscou baixar a tensão com Leila Pereira (Reprodução)
          John Textor deu entrevista pedindo desculpas à Leila e Ednaldo pelos bonecos enforcados (Reprodução)
          John Textor deu entrevista pedindo desculpas à Leila e Ednaldo pelos bonecos enforcados (Reprodução)
          Reprodução
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          John Textor já fez acusações pesadas contra importantes personagens do futebol brasileiro. Foto: Reprodução
          Textor, Kajuru e Romário na CPI das Manipulações de Jogos de FutebolJohn Textor já fez acusações pesadas contra importantes personagens do futebol brasileiro. Foto: Reprodução
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          O processo

          A ação não será encerrada e o processo seguirá o seu curso, sendo que a liminar expedida pela Justiça do Paraná negou a tutela de urgência para que Textor retirasse as postagens feitas contra o árbitro, sob pena de multa, além de ser proibido de mencionar o nome de Traci.

          Segundo a defesa de Textor, a liberdade de expressão deve prevalecer e caso fosse expedida a liminar, a situação levaria à censura, de acordo com jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal de Justiça do Paraná, onde foi ajuizada a ação. O argumento foi aceito pela juíza.

          “…impedir o réu de citar o nome do autor é vedação por demais excessiva, pois se pretende censurar previamente qualquer tipo de manifestação, o que, por certo, não se faz possível pelos fundamentos anteriormente invocados. Por isso, indefiro o pedido de tutela de urgência”, diz trecho da decisão.

          Relembre o caso

          O jogo épico entre Botafogo e Palmeiras, que terminou com vitória alviverde por 4 a 3, rendeu uma grande virada para o clube paulista e uma explosão de raiva maior ainda no lado carioca, principalmente em John Textor, dono do clube, que não teve papas na língua, fazendo acusações graves contra a arbitragem e até mesmo pedindo a renúncia do presidente da CBF.

          Segundo John Textor, o lance que gerou a expulsão do zagueiro Adryelson não deveria sequer ser revisado pelo VAR: “O mundo todo viu, isso não é cartão vermelho. Ele (Adryelson) pegou a bola primeiro. Não tenho certeza nem se foi falta. Mas não é cartão vermelho, ele mudou o jogo”, disse o gestor, que então soltou a língua para falar da arbitragem e até de Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF:

          “Isso é corrupção, isso é roubo. Por favor, me multa, Ednaldo, mas você precisa renunciar amanhã de manhã. É isso que precisa acontecer. Esse campeonato se tornou uma piada”, declarou o americano.

          A rota de colisão entre o dirigente e a arbitragem brasileira só aumentou depois disso. Após isso, John contratou uma empresa especializada para analisar por meio de um estudo a atuação dos juízes no Brasileirão, a “Good Game!” que, entre outros supostos erros, apontou o Palmeiras, que veio a ser o campeão do Brasileirão de 2023, como o mais favorecido pela arbitragem.

          O relatório foi usado para questionar a legitimidade do título do Palmeiras, supostamente favorecido por uma manipulação. Desde então, o dirigente já entrou em rota de colisão também com a CBF, STJD, deu depoimento na Justiça e até foi em CPI no Senado Federal.

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