Haddad alerta para impacto do “tarifaço” em 10 mil empresas e promete plano para próxima semana
Ministro da Fazenda afirmou que medida pode encarecer produtos para americanos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (24/7) que mais de 10 mil empresas brasileiras podem ser diretamente atingidas pela tarifa de 50% que os Estados Unidos planejam impor sobre produtos importados do Brasil. A informação foi compartilhada em entrevista à rádio Itatiaia, onde também destacou que a medida, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto, deverá causar aumento de preços para inclusive consumidores americanos em itens como café, carne e suco de laranja.
Segundo Haddad, o governo brasileiro já discute um plano de contingência, que inclui a oferta de linhas de crédito para empresas afetadas, e o projeto será apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima segunda-feira (28/7). O ministro ressaltou que um relatório detalhando os possíveis prejuízos já foi concluído por um comitê interministerial criado para tratar do tema.
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Além de reforçar que o tarifaço prejudica as economias dos dois países, Haddad acusou opositores políticos brasileiros de dificultarem a retomada das negociações com o governo de Donald Trump. “Eu já disse e repito que nós não vamos sair da mesa de negociação. Se a nossa contraparte não quer se sentar à mesa, é um outro problema. E se há interesses de extremistas brasileiros que estão concorrendo contra os interesses nacionais, nós temos que administrar isso internamente”, disse.
Haddad comentou ainda sobre a possibilidade de envolvimento de governadores aliados para tentar intermediar as conversas e pressionar pelo fim das tarifas. Para ele, a atitude do governo norte-americano é um “ponto fora da curva”, já que, em sua visão, o Brasil mantém bom diálogo com outros líderes internacionais.
O ministro levantou a hipótese de que a popularização do Pix, sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido no Brasil, possa ter irritado Trump, influenciando a decisão sobre o tarifaço.
Por fim, Haddad informou que empresas brasileiras e americanas já entraram com ações judiciais nos Estados Unidos para contestar a decisão, alegando quebra de contratos e desorganização das cadeias produtivas.
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