Tarcísio propôs que Supremo liberasse Bolsonaro para negociar com Trump nos EUA
Governador de SP tentou articular com ministros do STF uma autorização para que Bolsonaro viajasse aos EUA e negociasse diretamente com Trump a suspensão de tarifas contra o Brasil

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), buscou apoio entre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar viabilizar uma viagem do ex-presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos (EUA). A ideia era que Bolsonaro se reunisse pessoalmente com o presidente norte-americano, Donald Trump, para discutir a possibilidade de reverter a tarifa de 50% imposta a produtos brasileiros.
Segundo interlocutores da Corte, Tarcísio argumentou que o ex-presidente seria uma peça-chave nas negociações com o republicano norte-americano. Além da pauta econômica, o gesto também seria interpretado como um sinal de boa vontade da Justiça brasileira com Bolsonaro, que hoje é investigado e tem o passaporte apreendido por ordem judicial. A proposta, no entanto, foi recebida com estranheza e rechaçada por integrantes do Supremo.
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De acordo com matéria publicada pela Folha de S. Paulo, os ministros avaliaram que seria impróprio permitir que Bolsonaro deixasse o país, especialmente diante do risco de fuga e da gravidade das acusações que ele enfrenta. Também lembraram que tratativas internacionais são prerrogativa do Executivo e do Itamaraty, e não de ex-líderes políticos em situação judicial delicada.
A tentativa de viabilizar a viagem fazia parte de um movimento articulado por aliados de Bolsonaro. A ideia era que ele fosse aos EUA acompanhado pelos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Além de discutir a questão das tarifas, o grupo esperava abrir caminho para uma eventual negociação política que incluísse uma anistia ao ex-presidente.
Recentemente, Trump enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando que as medidas contra Bolsonaro poderiam influenciar negativamente as relações comerciais com o Brasil. O governo brasileiro, surpreso com o tom da mensagem, decidiu não responder oficialmente. Lula declarou que tentará resolver o impasse por vias diplomáticas, mas já sinalizou que, caso a sobretaxa entre em vigor em agosto, o Brasil adotará medidas retaliatórias.
Até o momento a assessoria do governador Tarcísio de Freitas não se manifestou sobre o caso.
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